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Conflitos em Hong Kong retornam após diálogo com governo

Enfrentamentos entre partidários e opositores do movimento pró-democrático foram reiniciados, após primeiro diálogo entre estudantes e governo fracassar

Manifestante reage a ação policial para remover barricadas em Mong Kok, Hong Kong (Carlos Barria/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 13h14.

Hong Kong - Os protestos e enfrentamentos entre partidários e opositores do movimento pró-democrático foram reiniciados nesta quarta-feira em Hong Kong , um dia depois do primeiro dialógo entre estudantes e governo, considerado como insuficiente para diminuir as tensões e pôr fim aos conflitos que já duram 25 dias.

Os incidentes começaram no distrito de Mong Kok no início da tarde, quando um grupo de opositores rompeu algumas das barricadas montadas para bloquear o trânsito na região.

As confusões - que tiveram o envolvimento de mais de cem pessoas e se repetiram durante toda a tarde - foram provocadas por um coletivo de taxistas, que chegou ao local com uma cópia de uma medida cautelar emitida pela Corte Suprema de Hong Kong na última segunda-feira.

A decisão judicial proíbe a ocupação das vias de Mong Kok e atende à reivindicação de vários operadores do transporte público da ex-colônia britânica, entre eles os taxistas, de retomar a circulação normal de veículos nas ruas ocupadas pelo movimento "Occupy".

O coletivo conseguiu retirar várias barreiras com a ajuda de um caminhão, usado para recolher os restos de madeiras, cercas e bambus que estavam bloqueando as vias.

Um grupo de mais de cem policiais vigiava as ruas do distrito de Mong Kok e foi obrigado a intervir várias vezes para acalmar os ânimos de partidários e opositores do movimento pró-democracia.

"Temos o nosso direito, aprovado agora legalmente, de que nossas ruas sejam devolvidas. Estamos sequestrados em nosso próprio bairro", gritou um morador de Mong Kok a um grupo de estudantes.

O porta-voz da Polícia de Hong Kong voltou a mostrar hoje preocupação pela situação vivida no bairro nesses últimos dias, classificada como de "alto risco" por causa dos enfrentamentos que estão ocorrendo.

Houve também protestos no outro lado da cidade, onde mais de cem pessoas iniciaram uma passeata em direção à casa do chefe de governo de Hong Kong, Leung Chu-ying, para pedir sua renúncia.

A manifestação foi motivada pelos comentários feitos pelo líder honconguês na segunda-feira, quando disse ser "inaceitável" a possibilidade de eleições livres em Hong Kong, porque, segundo ele, isso concederia um poder dominante às classes mais desfavorecidas.

A afirmação recebeu críticas de diferentes setores, que acusaram Leung de tratar as classes mais baixas como cidadãos de segunda classe.

A primeira rodada de diálogo entre os líderes do governo e os estudantes mostrou que a postura e as opiniões sobre como devem ser as próximas eleições na cidade ainda são bem diferentes.

Os dirigentes ativistas seguem contando com o apoio de milhares de pessoas. Os cinco estudantes que participaram do histórico debate foram recebidos ontem com aplausos pela multidão.

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Os incidentes começaram no distrito de Mong Kok no início da tarde, quando um grupo de opositores rompeu algumas das barricadas montadas para bloquear o trânsito na região.

As confusões - que tiveram o envolvimento de mais de cem pessoas e se repetiram durante toda a tarde - foram provocadas por um coletivo de taxistas, que chegou ao local com uma cópia de uma medida cautelar emitida pela Corte Suprema de Hong Kong na última segunda-feira.

A decisão judicial proíbe a ocupação das vias de Mong Kok e atende à reivindicação de vários operadores do transporte público da ex-colônia britânica, entre eles os taxistas, de retomar a circulação normal de veículos nas ruas ocupadas pelo movimento "Occupy".

O coletivo conseguiu retirar várias barreiras com a ajuda de um caminhão, usado para recolher os restos de madeiras, cercas e bambus que estavam bloqueando as vias.

Um grupo de mais de cem policiais vigiava as ruas do distrito de Mong Kok e foi obrigado a intervir várias vezes para acalmar os ânimos de partidários e opositores do movimento pró-democracia.

"Temos o nosso direito, aprovado agora legalmente, de que nossas ruas sejam devolvidas. Estamos sequestrados em nosso próprio bairro", gritou um morador de Mong Kok a um grupo de estudantes.

O porta-voz da Polícia de Hong Kong voltou a mostrar hoje preocupação pela situação vivida no bairro nesses últimos dias, classificada como de "alto risco" por causa dos enfrentamentos que estão ocorrendo.

Houve também protestos no outro lado da cidade, onde mais de cem pessoas iniciaram uma passeata em direção à casa do chefe de governo de Hong Kong, Leung Chu-ying, para pedir sua renúncia.

A manifestação foi motivada pelos comentários feitos pelo líder honconguês na segunda-feira, quando disse ser "inaceitável" a possibilidade de eleições livres em Hong Kong, porque, segundo ele, isso concederia um poder dominante às classes mais desfavorecidas.

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A primeira rodada de diálogo entre os líderes do governo e os estudantes mostrou que a postura e as opiniões sobre como devem ser as próximas eleições na cidade ainda são bem diferentes.

Os dirigentes ativistas seguem contando com o apoio de milhares de pessoas. Os cinco estudantes que participaram do histórico debate foram recebidos ontem com aplausos pela multidão.

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