Exame Logo

Comissões criadas por Napolitano serão formadas amanhã

As comissões irão elaborar vários pontos programáticos que possam ser aceitos pelos diferentes grupos políticos e que tenham resultados imediatos para a Itália

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano: Napolitano não optou pela renúncia, como o presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi o aconselhou a não fazer, pois isto iria deixar o país com uma lacuna de poder. (REUTERS/Remo Casilli)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 14h15.

Roma - A decisão do presidente da Itália , Giorgio Napolitano, de escolher uma terceira via para resolver a situação de ingovernabilidade do país por meio da criação de duas comissões de sábios" surge como o grande debate político local a partir de amanhã, quando serão constituídas.

Uma terceira via que ninguém esperava e que consiste na formação de duas comissões, uma de caráter político-institucional, composta por quatro "sábios", e outra econômico-social, constituída por outras seis personalidades, provavelmente será alvo de críticas amanhã na Itália. Hoje, é feriado de Páscoa no país.

As comissões irão elaborar vários pontos programáticos que possam ser aceitos pelos diferentes grupos políticos e que tenham resultados imediatos para a Itália.

A reforma da lei eleitoral, a reforma do financiamento público dos partidos, a Lei de Estabilidade, o rebaixamento do imposto sobre o primeiro imóvel das classes mais pobres e a redução do número de parlamentares são algumas das propostas que começarão a dar forma as comissões e que a maioria dos partidos está de acordo.

Mas este "governo do presidente" ou o "governo de baixa intensidade política", como é chamado pela imprensa, só é apoiado explicitamente pelo primeiro-ministro interino demissionário, Mario Monti, paradoxalmente o grande derrotado nas eleições.

As forças políticas começaram a se afastar da decisão de Napolitano, de 88 anos, interpretada como um convite para que o governo interino do tecnocrata Monti continue trabalhando para passar uma imagem de estabilidade e seriedade para a opinião pública internacional e aos mercados.

Um trabalho que exige habilidade política do presidente, que no dia 15 de maio deixará o cargo após completar sete anos no posto e que justamente por estar em fim de mandato não pode dissolver as duas câmaras.


Napolitano não optou pela renúncia, como o presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi o aconselhou a não fazer, pois isto iria deixar o país com uma lacuna de poder e à mercê das reações dos mercados.

Tudo indica que os partidos políticos, embora não consigam formar governo, se preparam para fazer frente às duas comissões, que segundo estão compostas tirarias as legendas do Executivo e as colocaria como meros membros do poder legislativo para ratificar as propostas dos "sábios".

O Partido Democrata (PD), liderado por Pier Luigi Bersani, o grande derrotado neste período pós-eleitoral por não conseguir formar um governo, mostrou-se disposto a acompanhar de modo responsável todo o percurso proposto pelo presidente, embora acredite na necessidade de um Executivo formado por políticos.

O líder do Povo da Liberdade (PDL), Silvio Berlusconi, que ainda não se pronunciou sobre a terceira via de Napolitano, veio insistindo nestes dias de que a única solução para que a Itália saia da paralisia criada pelos resultados das eleições é formar um governo de união nacional.

Um governo de coalizão no qual participem tanto o PDL, o Partido Democrata de Bersani, a Liga Norte e a Escolha Cívica, de Mario Monti.

Veja também

Roma - A decisão do presidente da Itália , Giorgio Napolitano, de escolher uma terceira via para resolver a situação de ingovernabilidade do país por meio da criação de duas comissões de sábios" surge como o grande debate político local a partir de amanhã, quando serão constituídas.

Uma terceira via que ninguém esperava e que consiste na formação de duas comissões, uma de caráter político-institucional, composta por quatro "sábios", e outra econômico-social, constituída por outras seis personalidades, provavelmente será alvo de críticas amanhã na Itália. Hoje, é feriado de Páscoa no país.

As comissões irão elaborar vários pontos programáticos que possam ser aceitos pelos diferentes grupos políticos e que tenham resultados imediatos para a Itália.

A reforma da lei eleitoral, a reforma do financiamento público dos partidos, a Lei de Estabilidade, o rebaixamento do imposto sobre o primeiro imóvel das classes mais pobres e a redução do número de parlamentares são algumas das propostas que começarão a dar forma as comissões e que a maioria dos partidos está de acordo.

Mas este "governo do presidente" ou o "governo de baixa intensidade política", como é chamado pela imprensa, só é apoiado explicitamente pelo primeiro-ministro interino demissionário, Mario Monti, paradoxalmente o grande derrotado nas eleições.

As forças políticas começaram a se afastar da decisão de Napolitano, de 88 anos, interpretada como um convite para que o governo interino do tecnocrata Monti continue trabalhando para passar uma imagem de estabilidade e seriedade para a opinião pública internacional e aos mercados.

Um trabalho que exige habilidade política do presidente, que no dia 15 de maio deixará o cargo após completar sete anos no posto e que justamente por estar em fim de mandato não pode dissolver as duas câmaras.


Napolitano não optou pela renúncia, como o presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi o aconselhou a não fazer, pois isto iria deixar o país com uma lacuna de poder e à mercê das reações dos mercados.

Tudo indica que os partidos políticos, embora não consigam formar governo, se preparam para fazer frente às duas comissões, que segundo estão compostas tirarias as legendas do Executivo e as colocaria como meros membros do poder legislativo para ratificar as propostas dos "sábios".

O Partido Democrata (PD), liderado por Pier Luigi Bersani, o grande derrotado neste período pós-eleitoral por não conseguir formar um governo, mostrou-se disposto a acompanhar de modo responsável todo o percurso proposto pelo presidente, embora acredite na necessidade de um Executivo formado por políticos.

O líder do Povo da Liberdade (PDL), Silvio Berlusconi, que ainda não se pronunciou sobre a terceira via de Napolitano, veio insistindo nestes dias de que a única solução para que a Itália saia da paralisia criada pelos resultados das eleições é formar um governo de união nacional.

Um governo de coalizão no qual participem tanto o PDL, o Partido Democrata de Bersani, a Liga Norte e a Escolha Cívica, de Mario Monti.

Acompanhe tudo sobre:EuropaItáliaPaíses ricosPiigsPolítica

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame