Comissão Eleitoral investiga gastos da campanha do "Brexit"
O órgão vai averiguar se o grupo de campanha superou o teto de despesas de 7 milhões de libras
EFE
Publicado em 20 de novembro de 2017 às 17h14.
Londres - A Comissão Eleitoral do Reino Unido anunciou nesta segunda-feira que investigará se a campanha oficial que defendeu o " Brexit " antes do referendo de 23 de junho de 2016 ("Vote Leave") violou as normas de gastos estabelecidas para a votação.
O órgão vai averiguar se o grupo de campanha, no qual estavam registrados o atual ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson, e o ministro de Meio Ambiente, Michael Gove, entre outros políticos conservadores, superou o teto de despesas de 7 milhões de libras.
Além disso, será investigada uma doação de 625 mil libras por parte da "Vote Leave" para um estudante de 23 anos, Darren Grimes, que serviu para iniciar uma campanha nas redes sociais para convocar os jovens a votarem a favor do "Brexit".
Por último, a Comissão Eleitoral investigará uma doação de 100 mil libras para o grupo "Veterans for Britain" ("Veteranos pelo Reino Unido").
O órgão, que monitora a aplicação das normas eleitorais no Reino Unido, tinha rejeitado abrir uma investigação sobre essas despesas no começo do ano, mas afirmou que agora conta com dados adicionais que apontam uma possível falta.
"Foram reveladas novas informações que, consideradas junto com as informações obtidas anteriormente, outorgou à Comissão motivos razoáveis para suspeitar que pode ter sido cometida uma transgressão" das normas, apontou a organização.
No início deste mês, a Comissão Eleitoral iniciou outra investigação sobre a origem do dinheiro que o empresário britânico Arron Banks doou ao grupo "Leave.EU", que fez campanha junto com "Vote Leave" a favor da saída britânica da União Europeia (UE).
A entidade apura se Banks era a "verdadeira fonte" de três empréstimos no valor de 6 milhões de libras para o "Leave.EU", assim como a procedência de doações no valor de 2,3 milhões de libras a outros grupos partidários do "Brexit".