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Comissão egípcia diz que Mubarak viu revolução pela TV

Esta nova prova põe à tona o fato de que o presidente deposto teve responsabilidade direta no assassinato de manifestantes, defendeu a comissão

Mubarak: durante seu interrogatório, o ex-mandatário negou ter dado ordens de atacar e assassinar os manifestantes (Egyptian TV/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 17h10.

Cairo - A comissão egípcia encarregada de voltar a investigar o assassinato de manifestantes durante a revolução de 2011 apresentou nesta quarta-feira provas que demonstram que o deposto presidente Hosni Mubarak viu pela televisão o que acontecia, o que poderia servir para repetir seu julgamento.

Em entrevista ao site do jornal "Al-Ahram", o membro da comissão Muhsen Bahansi destacou que Mubarak, condenado à prisão perpétua, dispunha de um canal de televisão cifrado que transmitia os fatos desde a Praça Tahrir, epicentro da revolução.

Bahansi explicou que esta nova prova põe à tona o fato de que o ex-mandatário teve uma responsabilidade direta no assassinato de manifestantes, porque foi "testemunha" do que acontecia.

Os protestos foram reprimidos com violência nos primeiros dias da revolução, que começou em 25 de janeiro de 2011, mas eles serviram para finalmente desbancar Mubarak do poder depois de 18 dias.

Durante seu interrogatório, o ex-mandatário negou ter dado ordens de atacar e assassinar os manifestantes durante a Revolução de 25 de Janeiro.

"Não tinha informações de que as forças da polícia estavam disparando contra manifestantes. Minhas instruções eram claras: não disparar contra manifestantes, nem tratá-los com violência ou força", indicou então Mubarak.


O presidente egípcio, Mohammed Mursi, recebeu nesta quarta o relatório desta comissão que ele mesmo ordenou criar e pediu a seu presidente, o juiz Mohammed Eizat Sharbas, que o entregue à Procuradoria Geral para que estude e tome as medidas adequadas "sem influência nenhuma".

Está previsto que o Tribunal de Apelação do Egito se pronuncie no dia 13 de janeiro sobre o recurso interposto por Mubarak e o ex-ministro de Interior Habib Al Adli.

A defesa do ex-presidente sustenta que a corte que emitiu a sentenção contra Mubarak em 2 de junho de 2012 não contou com provas suficientes.

Mubarak, Al Adli e vários de seus ajudantes foram condenados à prisão perpétua por cumplicidade na morta de centenas de manifestantes - a Procuradoria eleva esse número a 846 falecidos-, ao considerar o tribunal que deram instruções às forças de segurança neste sentido.

Esta condenação foi criticada por muitos setores e milhares de manifestantes saíram às ruas, no ano passado, para pedir que fosse aplicada pena de morte ao ex-presidente.

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Em entrevista ao site do jornal "Al-Ahram", o membro da comissão Muhsen Bahansi destacou que Mubarak, condenado à prisão perpétua, dispunha de um canal de televisão cifrado que transmitia os fatos desde a Praça Tahrir, epicentro da revolução.

Bahansi explicou que esta nova prova põe à tona o fato de que o ex-mandatário teve uma responsabilidade direta no assassinato de manifestantes, porque foi "testemunha" do que acontecia.

Os protestos foram reprimidos com violência nos primeiros dias da revolução, que começou em 25 de janeiro de 2011, mas eles serviram para finalmente desbancar Mubarak do poder depois de 18 dias.

Durante seu interrogatório, o ex-mandatário negou ter dado ordens de atacar e assassinar os manifestantes durante a Revolução de 25 de Janeiro.

"Não tinha informações de que as forças da polícia estavam disparando contra manifestantes. Minhas instruções eram claras: não disparar contra manifestantes, nem tratá-los com violência ou força", indicou então Mubarak.


O presidente egípcio, Mohammed Mursi, recebeu nesta quarta o relatório desta comissão que ele mesmo ordenou criar e pediu a seu presidente, o juiz Mohammed Eizat Sharbas, que o entregue à Procuradoria Geral para que estude e tome as medidas adequadas "sem influência nenhuma".

Está previsto que o Tribunal de Apelação do Egito se pronuncie no dia 13 de janeiro sobre o recurso interposto por Mubarak e o ex-ministro de Interior Habib Al Adli.

A defesa do ex-presidente sustenta que a corte que emitiu a sentenção contra Mubarak em 2 de junho de 2012 não contou com provas suficientes.

Mubarak, Al Adli e vários de seus ajudantes foram condenados à prisão perpétua por cumplicidade na morta de centenas de manifestantes - a Procuradoria eleva esse número a 846 falecidos-, ao considerar o tribunal que deram instruções às forças de segurança neste sentido.

Esta condenação foi criticada por muitos setores e milhares de manifestantes saíram às ruas, no ano passado, para pedir que fosse aplicada pena de morte ao ex-presidente.

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