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Com novo suspeito, caso Madeleine McCann avança após 13 anos

Madeleine McCann desapareceu de seu quarto em maio de 2007, em Portugal, onde passava as férias com a família

Cartas de apoio às investigações de busca por Madeleine McCann: menina desapareceu de seu quarto em maio de 2007 (Jeff J Mitchell/Getty Images)
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AFP

Publicado em 4 de junho de 2020 às 11h04.

Última atualização em 4 de junho de 2020 às 12h27.

Treze anos após o desaparecimento da britânica Madeleine McCann em Portugal , a identificação de um novo suspeito, um alemão já condenado por pedofilia, revive a esperança de esclarecer o mistério que envolve esse caso.

Marcando um novo desenvolvimento nesta notícia que manteve o planeta em suspense, a polícia alemã anunciou na quarta-feira (3) que investigava esse novo suspeito e lançou um apelo a possíveis testemunhas.

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Trata-se de um pedófilo reincidente alemão de 43 anos, atualmente preso em seu país "por outro caso".

Os pais da menina, Gerry e Kate McCann, "são gratos pelo pedido de testemunhas. Eles só querem saber o que aconteceu com a filha, descobrir a verdade e levar os autores à Justiça", disse seu porta-voz, Clarence Mitchell, na BBC.

"Eles não perderam a esperança de encontrá-la viva, apesar do tempo que passou. (...) Mas são realistas e dizem que qualquer que seja o resultado deste pedido de testemunhas (...), precisam saber para encontrar a paz", acrescentou.

Madeleine McCann desapareceu de seu quarto em 3 de maio de 2007, a poucos dias de seu aniversário, em um bloco de apartamentos na costa da Praia da Luz, no sul de Portugal, onde passava as férias com a família.

Os pais da menina chegaram a ser detidos e finalmente inocentados durante uma rocambolesca investigação, que terminou com a demissão do inspetor-chefe português encarregado do caso.

Depois de fechá-lo em 2008, a polícia portuguesa reabriu o caso cinco anos depois, sem sucesso.

Avanço "importante"

Como a polícia britânica, o porta-voz da família considerou a identificação do suspeito "importante" para o caso.

"Milhares de pistas e suspeitos em potencial mencionados no passado, ou discutidos na mídia, nunca houve nada tão claro, não de uma força policial, mas de três forças policiais", disse ele.

O novo suspeito teria vivido por vários anos em uma casa perto da Praia da Luz e teria trabalhado na região, em particular na restauração. Ele foi identificado, graças a uma "estreita colaboração" entre as polícias alemã, britânica e portuguesa, após informações recebidas pelos britânicos depois de um apelo lançado por ocasião do décimo aniversário do desaparecimento.

A polícia britânica iniciou sua própria investigação em julho de 2013, enquanto a Justiça portuguesa continua suas investigações e realiza audiências de testemunhas.

Segundo a polícia alemã, há indícios de que o suspeito também ganhava a vida "cometendo crimes, incluindo assaltos em complexos hoteleiros e apartamentos de férias", além de tráfico de drogas.

O pedido de informações se refere, em particular, a dois números de telefone e a dois veículos que ele teria usado: um Jaguar XJR 6 de cor escura registrado em Augsburg, na Baviera, e uma van Volkswagen T3 Westfalia branca e amarela com placa portuguesa.

A polícia britânica, que descreveu o suspeito como um homem branco, de cabelos curtos e esbelto, de cerca de 1,80 metro em 2007, disse que ele teria vivido na van "por dias, se não semanas" e que pode ter usado o veículo em 3 de maio de 2007, dia do desaparecimento de Madeleine McCann.

Vários jornais britânicos citam comentários feitos no ano passado pelo ex-policial encarregado da investigação, Gonçalo Amaral. Na época, ele disse que os investigadores voltaram a se concentrar em um pedófilo alemão, que havia sido removido da lista de suspeitos em 2008 e que havia falado sobre Madeleine em discussões on-line.

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