"Venezuela Aid Live": show pela Venezuela sacode a fronteira da Colômbia
Concerto convocado por multimilionário Richard Branson tem como objetivo ajudar entrada de ajuda humanitária que está em Cúcuta
EFE
Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 16h38.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 16h42.
Cúcuta - O concerto " Venezuela Aid Live", que foi convocado pelo multimilionário Richard Branson, começou às 11h local de sexta-feira (13h, em Brasília) no lado colombiano da ponte de Tienditas com os hinos da Venezuela e da Colômbia entre os aplausos de dezenas de milhares de pessoas que compareceram ao evento.
A primeira artista no palco foi a venezuelana Reymar Perdomo, que com a canção "Me fui", suscitou a histeria entre os presentes, já que essa música é considerada o "hino da indignação" pela situação do país.
"A partir deste momento, nosso país vai ser diferente e livre. A Venezuela é muito mais do que petróleo", manifestou um dos apresentadores do espetáculo.
Perdomo, que deixou o país há alguns de anos pela escassez de alimentos e remédios, agradeceu aos presentes. "Obrigado por transformar esta canção no hino da imigração venezuelana. Viva a Venezuela!".
A multidão recebeu a artista com aplausos e muitos dos presentes cantaram com ela enquanto alçavam bandeiras do país e cartazes criticando o governante Nicolás Maduro.
Perdomo só cantou essa canção, mas deixou o palco sob muitos gritos e aplausos.
Os venezuelanos que saíram do país por causa da crise política e econômica já chegam a 3,4 milhões, dos quais 2,7 milhões estão em outras nações da América Latina, segundo informaram nesta sexta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Após a apresentação de Perdomo, Richard Branson subiu no palco e disse que o concerto tem como objetivo auxiliar a chegada de toneladas de ajuda humanitária à Venezuela doadas pela comunidade internacional e que estão armazenadas em Cúcuta.
"Olá Cúcuta. Me emociona estar aqui. Me emociona que tenham vindo celebrar o povo venezuelano. Se podemos levar gente ao espaço, porque é tão difícil tirar as pessoas da pobreza?", comentou o magnata britânico.
O empresário indicou que é necessário "romper com a estagnação e acabar com a crise humanitária agora. Vamos nos unir e realizar uma mudança agora. A música é uma linguagem que une culturas e fragmenta diferenças".
Posteriormente, subiu ao palco José Luis Rodríguez, "El Puma", que agradeceu ao Brasil, à Colômbia e aos Estados Unidos "pela solidariedade para com os venezuelanos".
"Basta já de ditaduras na América Latina. Aos venezuelanos que estão lá, quero dizer que não desmaiem porque em breve teremos a liberdade que tanto desejamos, e aos soldados digo que são nossos irmãos, não disparem às pessoas porque isto vai passar e vamos nos reconciliar. Disparem ao ar celebrando a liberdade democrática da Venezuela ", asseverou"O Puma".
No total serão 32 artistas de Argentina, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, México, Porto Rico, Suécia e Venezuela que participarão do concerto, dividido em cinco blocos.
O primeiro bloco de apresentações foi conformado por Reymar Perdomo, "El Puma", Reinaldo Armas, Santiago Cruz, Cusy, Cholo Valderrama, Jorge Glem e Reik.
No segundo se apresentarão Jorge Villamizar, Chino, Lele Pons, Ruddy Mancuso, Dj Aleso e Paulina Rubio.
Depois será a vez de Carlos Baute, Ricardo Montaner, Mau e Ricky, Camilo Echeverri, Diego Torres, Miguel Bosé e Danny Ocean.
O quarto e quinto blocos são os mais esperados, porque neles estão os artistas de maior reconhecimento, como Maluma, Fonseca, Nacho, Silvestre Dangond e Luis Fonsi.
Encerrarão o concerto Carlos Vives, Juan Luis Guerra, Juanes, o grupo Maná e Alejandro Sanz.