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Colômbia cancela vistos de 300 políticos venezuelanos que apoiam Maduro

"Não faz sentido que, enquanto estes migram por fome e necessidade, apoiadores da ditadura desfrutem de benefícios", diz comunicado colombiano

Venezuela: Maduro rejeitou a ajuda humanitária e impediu a sua entrada no país (Luisa Gonzalez/Reuters)
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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 12h55.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às 12h58.

Bogotá - O escritório de imigração da Colômbia informou nesta sexta-feira que cancelou mais de 300 cartões de entrada diários para políticos venezuelanos que apoiam o presidente Nicolás Maduro e seus familiares.

A Colômbia vem acolhendo a maior parte do êxodo de venezuelanos que fogem da desnutrição e do caos político no país, dos quais cerca de 800 mil já atravessaram a fronteira e se instalaram em solo colombiano.

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"Não faz sentido que, enquanto estes migram por fome e necessidade, apoiadores da ditadura desfrutem destes benefícios e entrem em nosso país, usando este cartão, para fazer compras, entre outras coisas", disse Christian Kruger, chefe da agência de imigração, em comunicado.

Caminhões transportando ajuda humanitária para a Venezuela chegaram à cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta na quinta-feira, mas Maduro lhes recusou passagem, bloqueando a ponte na fronteira em Tienditas em meio a uma crise política crescente.

A chegada da ajuda humanitária, que inclui suprimentos fornecidos pelos Estados Unidos, aumentou a pressão depois que Washington e nações da América Latina e da Europa reconhecerem o líder opositor Juan Guaidó como o governante interino legítimo do país.

Maduro rejeitou a ajuda, que classificou como um "show político", e prometeu continuar no cargo.

Kruger disse que entre os que foram barrados estão o ex-governador de Táchira, Vielma Mora, a governadora de Zulia, Erika Farias, e a prefeita de Caracas, Sandra Oblitas.

As estimativas de quantos venezuelanos deixaram sua terra natal durante os governos do falecido presidente Hugo Chávez e de Maduro variam muito, e alguns oponentes e acadêmicos falam em 4 milhões de pessoas.

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