COI derruba barreira dos 28 esportes nas Olimpíadas de Verão
Mudanças devem entrar em vigor nos Jogos de 2024, embora poderiam afetar de maneira retroativa os de Tóquio 2020
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 10h26.
Mônaco - A velha barreira dos 28 esportes nos Jogos Olímpicos foi eliminada nesta segunda-feira de maneira fulminante, após a aprovação na 127ª sessão do COI de um programa baseado no número de provas, 310, e não no de federações os quais representam.
"O número de provas e de atletas será os únicos critérios", afirmou o italiano Franco Carraro, que defendeu perante a assembleia esta reforma, aprovada por unanimidade.
Os limites "aproximados" ficam estabelecidos em 310 provas esportivas de medalha nos Jogos de verão, com um máximo de 10,5 mil atletas e cinco mil treinadores e pessoal de apoio; e 100 provas, 2,9 mil esportistas e 2 mil técnicos nos Jogos de inverno.
São números "aproximados" porque sempre é preciso deixar uma pequena margem para flexibilidade, apontou o italiano.
As mudanças devem entrar em vigor nos Jogos de 2024, embora poderiam afetar de maneira retroativa os de Tóquio 2020, já que a organização se mostrou disposta a incorporar o beisebol e o softbol, atualmente fora do programa.
A possibilidade da cidade organizadora dos Jogos poder propor a admissão de uma ou duas provas, após um estudo financeiro, é precisamente outra das novidades.
O COI e suas federações distinguem entre esportes (por exemplo, ginástica), divididos em disciplinas (artística, rítmica) que por sua vez podem ter distintas provas de medalha (salto, assimétricas, paralelas, conjunto, etc.).
O atual programa, admitiu Carraro, "é muito matizado" e por isso sempre é aberta possibilidade para que sejam disputadas algumas provas nos dias prévios à cerimônia de inauguração, como já ocorre no futebol.
Nos Jogos de Londres houve 302 provas. A admissão de novas competições de medalha sem aumentar o número de participantes ajudará, pela força, para eliminar outras que agora são olímpicas. Quem sai?, perguntaram com preocupação membros como a polonesa Irena Szewinska e o britânico Adam Pengilly. E segundo quais critérios?, reivindicou a princesa jordaniana Haja al-Hussein, que dirige a Federação Hípica Internacional.
"Estamos em estreito contato com as associações de federações", disse o presidente do COI, Thomas Bach, perante um assunto que requereria um estudo futuro.
Nos Jogos de inverno só haverá provas de gelo e neve, não outros esportes sob teto. Tinham chegado a sugerir a incorporação do ciclismo de pista no programa. Este tipo de inovação "mudaria a singularidade dos Jogos de inverno", ressaltou Carraro.
Outra recomendação aprovada encoraja a chegar à meta de 50% de participação feminina nos Jogos (foi de 44% em Londres 2012). Uma via será a promoção das provas de equipes mistas, tendência que já foram incorporadas pela natação, os saltos de trampolim e o triatlo por revezamentos.
O programa de esportes deve ser decidido sete anos antes dos Jogos e o de provas com três anos de adiantamento, como ocorre até agora. Mas no futuro uma nova prova poderá ser acrescentada, inclusive de um esporte não olímpico nesse momento, com o beneplácito da sessão.
A assembleia do COI tinha aprovado previamente a possibilidade da cidade sede dos Jogos programar excepcionalmente alguns esportes em outro país por razões de sustentabilidade. Todas as reformas debatidas até agora obtiveram o respaldo unânime da sessão, que se prolongará até terça-feira.
Mônaco - A velha barreira dos 28 esportes nos Jogos Olímpicos foi eliminada nesta segunda-feira de maneira fulminante, após a aprovação na 127ª sessão do COI de um programa baseado no número de provas, 310, e não no de federações os quais representam.
"O número de provas e de atletas será os únicos critérios", afirmou o italiano Franco Carraro, que defendeu perante a assembleia esta reforma, aprovada por unanimidade.
Os limites "aproximados" ficam estabelecidos em 310 provas esportivas de medalha nos Jogos de verão, com um máximo de 10,5 mil atletas e cinco mil treinadores e pessoal de apoio; e 100 provas, 2,9 mil esportistas e 2 mil técnicos nos Jogos de inverno.
São números "aproximados" porque sempre é preciso deixar uma pequena margem para flexibilidade, apontou o italiano.
As mudanças devem entrar em vigor nos Jogos de 2024, embora poderiam afetar de maneira retroativa os de Tóquio 2020, já que a organização se mostrou disposta a incorporar o beisebol e o softbol, atualmente fora do programa.
A possibilidade da cidade organizadora dos Jogos poder propor a admissão de uma ou duas provas, após um estudo financeiro, é precisamente outra das novidades.
O COI e suas federações distinguem entre esportes (por exemplo, ginástica), divididos em disciplinas (artística, rítmica) que por sua vez podem ter distintas provas de medalha (salto, assimétricas, paralelas, conjunto, etc.).
O atual programa, admitiu Carraro, "é muito matizado" e por isso sempre é aberta possibilidade para que sejam disputadas algumas provas nos dias prévios à cerimônia de inauguração, como já ocorre no futebol.
Nos Jogos de Londres houve 302 provas. A admissão de novas competições de medalha sem aumentar o número de participantes ajudará, pela força, para eliminar outras que agora são olímpicas. Quem sai?, perguntaram com preocupação membros como a polonesa Irena Szewinska e o britânico Adam Pengilly. E segundo quais critérios?, reivindicou a princesa jordaniana Haja al-Hussein, que dirige a Federação Hípica Internacional.
"Estamos em estreito contato com as associações de federações", disse o presidente do COI, Thomas Bach, perante um assunto que requereria um estudo futuro.
Nos Jogos de inverno só haverá provas de gelo e neve, não outros esportes sob teto. Tinham chegado a sugerir a incorporação do ciclismo de pista no programa. Este tipo de inovação "mudaria a singularidade dos Jogos de inverno", ressaltou Carraro.
Outra recomendação aprovada encoraja a chegar à meta de 50% de participação feminina nos Jogos (foi de 44% em Londres 2012). Uma via será a promoção das provas de equipes mistas, tendência que já foram incorporadas pela natação, os saltos de trampolim e o triatlo por revezamentos.
O programa de esportes deve ser decidido sete anos antes dos Jogos e o de provas com três anos de adiantamento, como ocorre até agora. Mas no futuro uma nova prova poderá ser acrescentada, inclusive de um esporte não olímpico nesse momento, com o beneplácito da sessão.
A assembleia do COI tinha aprovado previamente a possibilidade da cidade sede dos Jogos programar excepcionalmente alguns esportes em outro país por razões de sustentabilidade. Todas as reformas debatidas até agora obtiveram o respaldo unânime da sessão, que se prolongará até terça-feira.