CIA teve arquivos secretos sobre Noam Chomsky, diz FP
Depois de negar por anos, a agência de inteligência dos Estados Unidos cede documentos que mostram como ela investigava os passos de Chomsky, um dos nomes mais conhecidos da esquerda americana
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2013 às 09h17.
São Paulo – A revista norte-americana Foreign Policy obteve documentos que mostram pela primeira vez que a agência de inteligência dos Estados Unidos tinha um arquivo secreto dedicado ao professor Noam Chomsky, do MIT, talvez o maior linguista de sua geração. Ele se destacou fora da academia por seu ativismo contrário à Guerra no Vietnã e por sua militância de esquerda.
Por anos, a CIA negou que guardasse documentos sobre Chomsky, mas a revista fez um pedido com base no Ato de Liberdade de Informações para o FBI por registros oficiais entre a CIA e o FBI. Pedidos feitos antes com essa mesma prerrogativa eram negados pela CIA, que reiterava a inexistência de informações sobre Chomsky.
Um memorando de junho de 1970, porém, cita o ativista ao falar de uma viagem de norte-americanos ao que, na época, era o Vietnã do Norte. Um oficial da CIA afirma que a viagem foi feita “com apoio de Noam Chomsky” e pede informações sobre as pessoas associadas. O memorando ainda discute as atividades de Chomsky em detalhes.
Segundo um especialista em cooperação CIA-FBI e coelta de informações consultado pela revista, a comunicação confirma que havia informações sobre o ativista e que um novo relatório foi feito a pedido da CIA. Como a agência agora nega a existência de arquivos, é provável que eles tenham sido destruídos.
A CIA ainda não comentou sobre o memorando divulgado pela Foreign Policy. Confira o documento que a agência repassou à revista:
São Paulo – A revista norte-americana Foreign Policy obteve documentos que mostram pela primeira vez que a agência de inteligência dos Estados Unidos tinha um arquivo secreto dedicado ao professor Noam Chomsky, do MIT, talvez o maior linguista de sua geração. Ele se destacou fora da academia por seu ativismo contrário à Guerra no Vietnã e por sua militância de esquerda.
Por anos, a CIA negou que guardasse documentos sobre Chomsky, mas a revista fez um pedido com base no Ato de Liberdade de Informações para o FBI por registros oficiais entre a CIA e o FBI. Pedidos feitos antes com essa mesma prerrogativa eram negados pela CIA, que reiterava a inexistência de informações sobre Chomsky.
Um memorando de junho de 1970, porém, cita o ativista ao falar de uma viagem de norte-americanos ao que, na época, era o Vietnã do Norte. Um oficial da CIA afirma que a viagem foi feita “com apoio de Noam Chomsky” e pede informações sobre as pessoas associadas. O memorando ainda discute as atividades de Chomsky em detalhes.
Segundo um especialista em cooperação CIA-FBI e coelta de informações consultado pela revista, a comunicação confirma que havia informações sobre o ativista e que um novo relatório foi feito a pedido da CIA. Como a agência agora nega a existência de arquivos, é provável que eles tenham sido destruídos.
A CIA ainda não comentou sobre o memorando divulgado pela Foreign Policy. Confira o documento que a agência repassou à revista: