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China reduz taxa de juros para estimular a economia

A economia do país foi abalada recentemente pelas incertezas no mercado de trabalho e por uma economia mundial em desaceleração, o que afeta a demanda de produtos chineses

guardada recuperação pós-covid, após a suspensão das restrições de saúde no fim de 2022, perdeu ímpeto nos últimos meses (Paul Yeung/Getty Images)

guardada recuperação pós-covid, após a suspensão das restrições de saúde no fim de 2022, perdeu ímpeto nos últimos meses (Paul Yeung/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 21 de agosto de 2023 às 07h23.

O Banco Central da China reduziu nesta segunda-feira, 21, uma taxa de juros crucial, uma medida para tentar reverter a crescente desaceleração pós-covid da segunda maior economia do mundo. 

A economia do país foi abalada recentemente pelas incertezas no mercado de trabalho e por uma economia mundial em desaceleração, o que afeta a demanda de produtos chineses.

Os problemas financeiros do setor imobiliário, com grandes empresas à beira da falência e lutando para concluir projetos, também afeta o crescimento.

O Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou a redução da taxa preferencial de empréstimos (LPR) de um ano, que serve como um ponto referência para os empréstimos corporativos, de 3,55% para 3,45%.

A LPR a cinco anos, utilizada para estabelecer o preço das hipotecas, permanece em 4,2%.

Índices históricos

Monitoradas de perto pelos mercados, as duas taxas estão em seus menores índices históricos.

A medida anunciada nesta segunda-feira, contrária à tendência de aumento das taxas de juros dos bancos centrais ao redor do planeta, tem o objetivo de estimular os bancos comerciais a conceder mais empréstimos, com taxas mais acessíveis.

A aguardada recuperação pós-covid, após a suspensão das restrições de saúde no fim de 2022, perdeu ímpeto nos últimos meses.

Os números fracos divulgados nas últimas semanas aumentaram a pressão sobre as autoridades para que apresentem um grande plano de recuperação, mas as pessoas que comandam a política econômica em Pequim continuam relutantes.

A desaceleração econômica deixa em risco a meta de crescimento estabelecida pelo governo, de cerca de 5% para 2023.

Caso o objetivo não seja alcançado, o país registrará uma das menores taxas de crescimento anual em décadas, sem considerar o período de pandemia.

Pequim admitiu na semana passada as "dificuldades" econômicas, mas criticou o pessimismo dos analistas ocidentais, que questionam a capacidade chinesa de sustentar o crescimento global.

"A recuperação econômica da China vai registrar ondas e será um processo tortuoso que inevitavelmente enfrentará dificuldades e problemas", afirmou d porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

"Alguns políticos e meios de comunicação ocidentais exageraram os problemas periódicos do processo de recuperação posterior à pandemia, mas com o tempo será provado que estão equivocados", acrescentou.

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