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China espera cooperar com novo governo dos Estados Unidos

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês confia que os dois países poderão tramitar "de forma responsável" possíveis disputas

China: "Esperamos que o novo governo dos EUA possa trabalhar com a China" (Toby Melville / Reuters)
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EFE

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 08h34.

Pequim - A China afirmou nesta quarta-feira que acredita que poderá trabalhar com o novo governo dos Estados Unidos para manter "um desenvolvimento estável e equilibrado" das relações bilaterais e uma gestão "responsável" de possíveis problemas.

"Esperamos que o novo governo dos EUA possa trabalhar com a China" em uma cooperação "que beneficie os povos" de ambos os países, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, minutos antes da divulgação da notícia da vitória do republicano Donald Trump, que foi antecipada pelos veículos de imprensa americanos.

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Ao ser perguntado sobre as ameaças de Trump de suscitar uma guerra comercial com a China, Lu disse que confia que os dois países poderão tramitar "de forma responsável" possíveis disputas, e garantiu que a relação comercial bilateral "beneficiou a população americana".

O porta-voz argumentou que nos últimos 40 anos o valor do comércio bilateral aumentou consideravelmente, já que em 2015 chegou a quase US$ 600 bilhões, com superávit para a China, segundo dados oficiais dos Estados Unidos.

"Se surgir algum assunto grave entre os dois países, como integrantes da Organização Mundial do Comércio (OMC), temos mecanismos e um marco legal suficientemente maduros para solucioná-lo de forma responsável", comentou Lu.

Por outro lado, o porta-voz chinês não quis responder diretamente se a China dá boas-vindas à possibilidade de Trump refazer a estratégia dos EUA na Ásia, e enfatizou que Pequim defende que as grandes economias mundiais alcancem relações "equilibradas e estáveis".

"Isso significa que precisamos trabalhar juntos, de forma cooperativa, para conseguir a paz", acrescentou Lu, que também insistiu que a China espera que "todas as partes possam compartilhar" com suas aspirações "e fazer parte deste processo".

pav-rcf/rpr

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