Chile confirma descoberta de corpos perto de onde sumiu avião
Os corpos foram encontrados na Passagem de Drake, que separa a América do Sul do continente congelado e onde as águas são turbulentas
EFE
Publicado em 12 de dezembro de 2019 às 10h33.
Última atualização em 12 de dezembro de 2019 às 10h42.
Santiago — O prefeito da região de Magallanes, no sul do Chile — de onde partiu o C-130 Hércules que desapareceu a caminho da Antártida com 38 pessoas a bordo — José Fernández disse que corpos foram encontrados na área onde o contato com a aeronave foi perdido.
A descoberta ocorreu pouco depois que a Força Aérea do Chile (FACh) informou que restos de esponja pertencentes a partes do avião foram encontrados flutuando no mar naquele mesmo local, na Passagem de Drake, que separa a América do Sul do continente congelado, onde as águas são consideradas uma das mais turbulentas do planeta.
"Na tarde de hoje (quarta-feira), a Força Aérea nos informou de uma notícia que nos chocou, que foi a descoberta de corpos no mar de Drake e também parte da fuselagem que corresponde ao avião naufragado, que é o C-130 da FACh", disse Fernandez à Agência Efe.
Ele afirmou ter recebido as informações da FACh — que ainda não se pronunciou oficialmente sobre essa nova descoberta —, mas que informou aos familiares dos tripulantes, segundo a autoridade regional.
Fernández explicou que os corpos, que corresponderiam aos passageiros do avião desaparecido, foram encontrados pelo navio brasileiro Almirante Maximiano, que ajuda nas buscas.
O C-130 Hércules decolou na última segunda-feira, às 16h55 (hora local), da base militar de Chabunco, em Punta Arenas, e perdeu o contato quando faltavam cerca de uma hora e 500 quilômetros para pousar na base Presidente Eduardo Frei Montalva, uma das mais importantes da Antártica.
A bordo da aeronave estavam 38 pessoas: 32 soldados da FACh, três membros do Exército e três civis, dos quais dois são funcionários da empresa de engenharia Inproser e outro é estudante da Universidade de Magallanes.
Os familiares dos passageiros viajaram para Punta Arenas onde acompanham de perto o trabalho de busca, no qual participaram 20 navios e aviões, incluindo tropas do Brasil, Argentina e Uruguai. EFE