Chefes da diplomacia de EUA e China se reúnem em Bali nesta semana
O encontro de Wang e Blinken será à margem de uma reunião ministerial do G20
AFP
Publicado em 5 de julho de 2022 às 13h13.
Última atualização em 5 de julho de 2022 às 13h22.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken , vai se reunir com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, em Bali, na Indonésia, nesta semana — informou o Departamento de Estado em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 5.
O encontro de Wang e Blinken será à margem de uma reunião ministerial do G20 na ilha indonésia, acrescenta o comunicado, em meio a tensões sobre várias questões, incluindo Taiwan. A última vez que se reuniram foi em Roma, em outubro passado.
A reunião ocorre no momento em que o presidente americano, Joe Biden, expressa sua esperança de que haja uma nova conversa, nas próximas semanas, com seu colega chinês, Xi Jinping . Ele não viaja para fora do país desde o início da pandemia de covid-19, no final de 2019.
O Departamento de Estado americano informou que Blinken também se encontrará com a chanceler indonésia, Retno Marsudi, entre outros ministros. No sábado, seguirá para a Tailândia, aliada dos Estados Unidos, para uma visita que foi cancelada no ano passado após um surto de covid-19 na delegação americana.
As reuniões entre autoridades americanas e chinesas, antes rotineiras, praticamente secaram durante a pandemia, e as tensões aumentaram entre as duas maiores economias do mundo.
Em março de 2021, Blinken e o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, reuniram-se com seus colegas chineses no Alasca. O encontro teve um desfecho conflituoso, com autoridades de Pequim repreendendo publicamente os Estados Unidos.
Desde o mês passado, porém, o diálogo parece ter-se tornado mais regular. Sullivan se reuniu em junho com o secretário chinês de política externa, Yang Jiechi, em Luxemburgo, e os chefes de Defesa dos dois países se encontraram em paralelo a uma conferência em Singapura.
Biden conversou com Xi por telefone em março, principalmente sobre a guerra na Ucrânia. Os Estados Unidos condenaram o apoio de Pequim a Moscou, mas constataram poucos sinais de apoio material à invasão russa.
As reuniões entre os dois governos ocorrem em meio à crescente preocupação de Washington com Taiwan, território que Biden prometeu defender, caso a China invada a ilha autônoma que Pequim considera parte de seu território e uma província rebelde.
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