Mundo

Chefe da ONU visita a Somália sem sair de aeroporto

Ban Ki-moon reuniu-se com o presidente somali na capital do país, sem sair do aeroporto de Mogadíscio


	O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: Somália está destruída pela guerra
 (Fabrice Coffrini/AFP)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: Somália está destruída pela guerra (Fabrice Coffrini/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 08h45.

Mogadíscio - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reuniu-se nesta quarta-feira com o presidente somali em Mogadíscio, em sua primeira visita em três anos à capital da Somália, um país destruido pela guerra.

Ban, acompanhado pelo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, se reuniu com o chefe de Estado somali, Hassan Sheikh Mohamud, no aeroporto de Mogadíscio em meio a fortes medidas de segurança, informou a presidência no Twitter.

Os chefes da ONU e do BM não sairão do aeroporto que abriga a sede da força da União Africana na Somália (Amisom).

Os islamitas somalis shebab perderam todos os seus redutos no centro e sul do país ao longo dos últimos anos, mas multiplicaram as operações guerrilheiras, principalmente com atentados com carro-bomba contra alvos oficiais, como o palácio presidencial ou o parlamento.

Em agosto, uma delegação de embaixadores do Conselho de Segurança visitou a Somália e, em setembro, especialistas da ONU alertaram para a dramática situação humanitária vivida pelo país depois de duas décadas de guerra civil.

Segundo a Agência da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), 218.000 crianças menores de 5 anos sofrem com desnutrição e mais de um milhão de pessoas passam fome.

A ONU afirma carecer de meios financeiros para fazer frente a esta catástrofe, ao obter pouco mais de um terço dos 933 milhões de dólares de que necessita.

A Somália carece de autoridade central desde a queda do regime do presidente Siad Barre em 1991, o que mergulhou o país no caos, principalmente com a ação de milícias e grupos islamitas.

Acompanhe tudo sobre:ONUSomáliaViolência política

Mais de Mundo

Quem é Claudia Sheinbaum, favorita a ser a primeira mulher eleita presidente do México

México é o segundo pior país para ser mulher na América Latina; veja ranking

Turquia planeja abater milhões de cães de rua; população protesta contra projeto

Mais na Exame