Chávez é velado na Academia Militar em Caracas
Ao final de uma cerimônia religiosa restrita a parentes e personalidades, a câmara-ardente foi aberta ao público, que formou um longo cortejo em torno da Academia Militar
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2013 às 08h05.
Caracas - O corpo do presidente Hugo Chávez , morto na terça-feira após quase dois anos de luta contra o câncer, era velado na noite desta quarta-feira na câmara-ardente do Salão de Honra da Academia Militar de Caracas, por onde passam milhares de venezuelanos.
O velório foi iniciado por numerosas personalidades, entre elas o presidente interino, Nicolás Maduro, e os líderes de Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, e Bolívia, Evo Morales, antes da abertura da câmara-ardente ao público.
Kirchner, Mujica e Morales se aproximaram do caixão e escutaram o hino nacional da Venezuela. Em seguida, Maduro, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e representantes de outros poderes do Estado se posicionaram diante do féretro, momentos antes da chegada de Rosa Virgina, María Gabriela, Hugo e Rosa Inés, filhos de Chávez, e da neta Gabriela Rivero.
Posteriormente, chegaram Elena Frías, mãe do presidente, e os irmãos Adán (governador de Barinas), Argenis, Narciso, Aníbal e Adelys..
Ao final de uma cerimônia religiosa restrita a parentes e personalidades, a câmara-ardente foi aberta ao público, que formou um longo cortejo em torno da Academia Militar para dar o último adeus a Hugo Chávez.
A câmara-ardente ficará aberta 24 horas a visitação do público até a manhã de sexta-feira.
O féretro com os restos mortais de Chávez chegou no final da tarde à Academia Militar de Caracas, considerada seu segundo lar e berço da vocação política do 'comandante'.
Acompanhado por familiares, funcionários, líderes políticos e milhares de seguidores mergulhados na tristeza, o corpo de Chávez cruzou os portões da Academia Militar após sete horas de cortejo pelas ruas de Caracas.
Os militares retiraram o caixão do carro fúnebre entre aplausos e gritos de "Viva Chávez" da multidão.
Segundos depois, o féretro foi carregado nos ombros de vários colaboradores, entre eles o ministro dos Esportes, Héctor Rodriguez.
Chávez será enterrado na sexta-feira, diante de vários dirigentes estrangeiros, às 10H00 local (11H30 de Brasília).
Uma imensa maré humana acompanhou o cortejo fúnebre entre o hospital militar e a Academia, seguindo o féretro coberto com a bandeira venezuelana e transportado em um carro ornamentado com flores brancas e amarelas.
"Até a vitória sempre, comandante, te amamos!" - gritavam entre lágrimas centenas de milhares de pessoas, pedindo que Chávez seja sepultado no Panteão Nacional, ao lado do Libertador Simón Bolívar.
"Isto é a história. Passarão 100 anos até surgir outro líder assim", disse entre soluços à AFP Luz Mayel, 38 anos, de origem colombiana.
Na saída do hospital militar, onde Chávez faleceu aos 58 anos após quase dois anos de luta contra o câncer, Elena Frías, mãe do 'comandante', chorava desconsolada, enquanto um capelão militar dirigia uma breve oração.
Vestido com um agasalho esportivo com as cores da Venezuela, o vice-presidente Nicolás Maduro, designado herdeiro político de Chávez e presidente interino do país, caminhou diante do carro fúnebre ao lado do presidente boliviano, Evo Morales, ministros e líderes políticos, como o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
"Maduro já é o nosso presidente. Chávez queria isto e votaremos nele quando as eleições chegarem", disse Margarita Martínez, 37 anos.
"Nicolás não é nenhum improvisado. Chávez era um homem de visão (...) e preparou Nicolás para assumir o poder. O povo vai apoiá-lo", destacou Virginia Calderóan, 45 anos, na porta da Academia Militar.
Durante o cortejo, uma gravação do hino da Venezuela com a voz de Chávez foi acompanhado com emoção por todos os presentes.
Centenares de pessoas, muitas vestidas com camisetas vermelhas, a cor do 'chavismo', tentaram se aproximar do carro fúnebre.
A Academia Militar foi escolhida para receber o corpo de Chávez porque o presidente considerava seu segundo lar e berço de sua vocação política, que em 1992 o levou a uma fracassada tentativa de golpe e sete anos depois à presidência da Venezuela.
O chanceler Elías Jaua informou que uma capela fúnebre foi projetada para permitir que o maior número possível de pessoas possam ver seu "pai, seu libertador, seu protetor".
Sete países latino-americanos decretaram luto nacional, entre eles o Brasil, Argentina, Chile e Cuba.
Jaua revelou que o país amanheceu calmo e disse que 10 chefes de Estado confirmaram presença no funeral. Vários devem chegar ao país na quinta-feira.
Chávez, que assumiu a presidência em 1999, havia retornado de Havana em 18 de fevereiro, mas não foi visto nem ouvido, depois de ter passado por uma cirurgia em 11 de dezembro, a quarta desde o diagnóstico de câncer, cuja natureza e detalhes nunca foram oficialmente divulgados.
Jaua informou na terça-feira que Maduro assumiu a presidência temporária até a convocação das eleições, cuja data será anunciada em breve pelo governo.
Maduro, de 50 anos, será o candidato governista nas eleições que devem acontecer em um prazo de 30 dias, como determina a Constituição, provavelmente contra o líder opositor Henrique Capriles, de 40 anos.
Caracas - O corpo do presidente Hugo Chávez , morto na terça-feira após quase dois anos de luta contra o câncer, era velado na noite desta quarta-feira na câmara-ardente do Salão de Honra da Academia Militar de Caracas, por onde passam milhares de venezuelanos.
O velório foi iniciado por numerosas personalidades, entre elas o presidente interino, Nicolás Maduro, e os líderes de Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, e Bolívia, Evo Morales, antes da abertura da câmara-ardente ao público.
Kirchner, Mujica e Morales se aproximaram do caixão e escutaram o hino nacional da Venezuela. Em seguida, Maduro, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e representantes de outros poderes do Estado se posicionaram diante do féretro, momentos antes da chegada de Rosa Virgina, María Gabriela, Hugo e Rosa Inés, filhos de Chávez, e da neta Gabriela Rivero.
Posteriormente, chegaram Elena Frías, mãe do presidente, e os irmãos Adán (governador de Barinas), Argenis, Narciso, Aníbal e Adelys..
Ao final de uma cerimônia religiosa restrita a parentes e personalidades, a câmara-ardente foi aberta ao público, que formou um longo cortejo em torno da Academia Militar para dar o último adeus a Hugo Chávez.
A câmara-ardente ficará aberta 24 horas a visitação do público até a manhã de sexta-feira.
O féretro com os restos mortais de Chávez chegou no final da tarde à Academia Militar de Caracas, considerada seu segundo lar e berço da vocação política do 'comandante'.
Acompanhado por familiares, funcionários, líderes políticos e milhares de seguidores mergulhados na tristeza, o corpo de Chávez cruzou os portões da Academia Militar após sete horas de cortejo pelas ruas de Caracas.
Os militares retiraram o caixão do carro fúnebre entre aplausos e gritos de "Viva Chávez" da multidão.
Segundos depois, o féretro foi carregado nos ombros de vários colaboradores, entre eles o ministro dos Esportes, Héctor Rodriguez.
Chávez será enterrado na sexta-feira, diante de vários dirigentes estrangeiros, às 10H00 local (11H30 de Brasília).
Uma imensa maré humana acompanhou o cortejo fúnebre entre o hospital militar e a Academia, seguindo o féretro coberto com a bandeira venezuelana e transportado em um carro ornamentado com flores brancas e amarelas.
"Até a vitória sempre, comandante, te amamos!" - gritavam entre lágrimas centenas de milhares de pessoas, pedindo que Chávez seja sepultado no Panteão Nacional, ao lado do Libertador Simón Bolívar.
"Isto é a história. Passarão 100 anos até surgir outro líder assim", disse entre soluços à AFP Luz Mayel, 38 anos, de origem colombiana.
Na saída do hospital militar, onde Chávez faleceu aos 58 anos após quase dois anos de luta contra o câncer, Elena Frías, mãe do 'comandante', chorava desconsolada, enquanto um capelão militar dirigia uma breve oração.
Vestido com um agasalho esportivo com as cores da Venezuela, o vice-presidente Nicolás Maduro, designado herdeiro político de Chávez e presidente interino do país, caminhou diante do carro fúnebre ao lado do presidente boliviano, Evo Morales, ministros e líderes políticos, como o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
"Maduro já é o nosso presidente. Chávez queria isto e votaremos nele quando as eleições chegarem", disse Margarita Martínez, 37 anos.
"Nicolás não é nenhum improvisado. Chávez era um homem de visão (...) e preparou Nicolás para assumir o poder. O povo vai apoiá-lo", destacou Virginia Calderóan, 45 anos, na porta da Academia Militar.
Durante o cortejo, uma gravação do hino da Venezuela com a voz de Chávez foi acompanhado com emoção por todos os presentes.
Centenares de pessoas, muitas vestidas com camisetas vermelhas, a cor do 'chavismo', tentaram se aproximar do carro fúnebre.
A Academia Militar foi escolhida para receber o corpo de Chávez porque o presidente considerava seu segundo lar e berço de sua vocação política, que em 1992 o levou a uma fracassada tentativa de golpe e sete anos depois à presidência da Venezuela.
O chanceler Elías Jaua informou que uma capela fúnebre foi projetada para permitir que o maior número possível de pessoas possam ver seu "pai, seu libertador, seu protetor".
Sete países latino-americanos decretaram luto nacional, entre eles o Brasil, Argentina, Chile e Cuba.
Jaua revelou que o país amanheceu calmo e disse que 10 chefes de Estado confirmaram presença no funeral. Vários devem chegar ao país na quinta-feira.
Chávez, que assumiu a presidência em 1999, havia retornado de Havana em 18 de fevereiro, mas não foi visto nem ouvido, depois de ter passado por uma cirurgia em 11 de dezembro, a quarta desde o diagnóstico de câncer, cuja natureza e detalhes nunca foram oficialmente divulgados.
Jaua informou na terça-feira que Maduro assumiu a presidência temporária até a convocação das eleições, cuja data será anunciada em breve pelo governo.
Maduro, de 50 anos, será o candidato governista nas eleições que devem acontecer em um prazo de 30 dias, como determina a Constituição, provavelmente contra o líder opositor Henrique Capriles, de 40 anos.