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Chanceler palestino renuncia duas semanas após jurar cargo

Primeiro-ministro da Autoridade Palestina apresentou sua renúncia ao presidente Mahmud Abbas, que ainda não se comunicou sobre o assunto

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas: presidente ainda não comunicou se aceitou o pedido de renúncia do primeiro-ministro palestino (Fethi Belaid/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 14h33.

Ramala - O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala, confirmou nesta quinta-feira, duas semanas após jurar seu cargo, que apresentou sua renúncia ao presidente Mahmud Abbas, que ainda não comunicou se aceitou seu pedido.

"Ofereci minha renúncia ao presidente da Autoridade Palestina . Será enviado em breve um comunicado oficial", disse o dirigente em sua conta no Twitter, na qual só havia escrito uma mensagem, justamente se apresentando como novo chefe do governo.

Por sua parte, o diretor-geral do Ministério das Finanças, Ahmad Yaradat, confirmou à Agência Efe a apresentação da renúncia e declarou que Abbas não a aceitou, embora a presidência palestina não tenha se pronunciado oficialmente.

"Estamos esperando a resposta do presidente, ainda não se sabe o que ocorrerá", disse Ihab Bessaiso, designado nesta semana porta-voz do novo Executivo.

O presidente da associação de jornalistas palestino, Abdel Nasser Nayab, afirmou à Agência Efe que Abbas pediu a Hamdala que retire sua renúncia e convocou um encontro imediato com o primeiro-ministro.

Fontes do gabinete do primeiro-ministro que pediram para não ser identificadas declararam que a renúncia tem origem nos "ataques ao poder" do chefe do governo e em interferências cuja origem não quiseram determinar.


A agência palestina "Maan" também informou que a renuncia se deveu a divergências com a presidência "sobre sua jurisdição e autoridade e sobre o alcance de suas competências".

Abbas encarregou em 2 de junho o acadêmico Hamdala a formação de um novo executivo palestino para substituir o liderado por Salam Fayyad, que apresentou sua renúncia em abril.

O novo chefe de governo e sua equipe juraram o cargo no dia 6 de junho, há exatamente duas semanas, durante as quais o gabinete realizou duas reuniões ministeriais.

Em um dos poucos atos que participou neste período, uma visita à Esplanada das Mesquitas, no território palestino ocupado por Israel de Jerusalém Oriental, o primeiro-ministro se comprometeu a fazer da situação em Jerusalém Oriental uma prioridade para seu governo.

O Executivo de Hamdala foi claramente estruturado com membros do partido nacionalista Fatah, com 24 ministros e dois vice-primeiros-ministros.

Este é décimo quinto Executivo desde o nascimento da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em 1994, após a assinatura dos Acordos de paz de Oslo.

Hamdala, que antes de assumir seu cargo foi reitor da Universidade La-Najah, na cidade de Nablus (Cisjordânia), é formado em linguística pela Universidade de Manchester (Reino Unido).

Sua renúncia é um novo revés para a ANP, imersa em uma profunda crise econômica e de credibilidade perante seus cidadãos e que mantém um duro enfrentamento com o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

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Ramala - O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala, confirmou nesta quinta-feira, duas semanas após jurar seu cargo, que apresentou sua renúncia ao presidente Mahmud Abbas, que ainda não comunicou se aceitou seu pedido.

"Ofereci minha renúncia ao presidente da Autoridade Palestina . Será enviado em breve um comunicado oficial", disse o dirigente em sua conta no Twitter, na qual só havia escrito uma mensagem, justamente se apresentando como novo chefe do governo.

Por sua parte, o diretor-geral do Ministério das Finanças, Ahmad Yaradat, confirmou à Agência Efe a apresentação da renúncia e declarou que Abbas não a aceitou, embora a presidência palestina não tenha se pronunciado oficialmente.

"Estamos esperando a resposta do presidente, ainda não se sabe o que ocorrerá", disse Ihab Bessaiso, designado nesta semana porta-voz do novo Executivo.

O presidente da associação de jornalistas palestino, Abdel Nasser Nayab, afirmou à Agência Efe que Abbas pediu a Hamdala que retire sua renúncia e convocou um encontro imediato com o primeiro-ministro.

Fontes do gabinete do primeiro-ministro que pediram para não ser identificadas declararam que a renúncia tem origem nos "ataques ao poder" do chefe do governo e em interferências cuja origem não quiseram determinar.


A agência palestina "Maan" também informou que a renuncia se deveu a divergências com a presidência "sobre sua jurisdição e autoridade e sobre o alcance de suas competências".

Abbas encarregou em 2 de junho o acadêmico Hamdala a formação de um novo executivo palestino para substituir o liderado por Salam Fayyad, que apresentou sua renúncia em abril.

O novo chefe de governo e sua equipe juraram o cargo no dia 6 de junho, há exatamente duas semanas, durante as quais o gabinete realizou duas reuniões ministeriais.

Em um dos poucos atos que participou neste período, uma visita à Esplanada das Mesquitas, no território palestino ocupado por Israel de Jerusalém Oriental, o primeiro-ministro se comprometeu a fazer da situação em Jerusalém Oriental uma prioridade para seu governo.

O Executivo de Hamdala foi claramente estruturado com membros do partido nacionalista Fatah, com 24 ministros e dois vice-primeiros-ministros.

Este é décimo quinto Executivo desde o nascimento da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em 1994, após a assinatura dos Acordos de paz de Oslo.

Hamdala, que antes de assumir seu cargo foi reitor da Universidade La-Najah, na cidade de Nablus (Cisjordânia), é formado em linguística pela Universidade de Manchester (Reino Unido).

Sua renúncia é um novo revés para a ANP, imersa em uma profunda crise econômica e de credibilidade perante seus cidadãos e que mantém um duro enfrentamento com o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

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