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Cerca de 100 mil pessoas cruzaram para a Síria desde o início de ofensiva no Líbano, diz ONU

Informações são do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados; crianças e adolescentes são 60% da população que cruzou fronteira

Pessoas fugindo dos bombardeios israelenses no Líbano se preparam para cruzar a fronteira com a Síria pela passagem de Masnaa, no leste do Líbano, em 24 de setembro de 2024. Os inimigos de longa data Hezbollah e Israel estão envolvidos em trocas de tiros quase diárias na fronteira desde que o grupo militante palestino Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro. Em 23 de setembro, Israel lançou ataques devastadores no sul e leste do Líbano, matando mais de 550 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde libanês (Hassan JARRAH/EFE)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 30 de setembro de 2024 às 10h36.

Última atualização em 30 de setembro de 2024 às 10h44.

Cerca de 100 mil pessoas cruzaram a fronteira para aSíriadesde o início da escalada bélica deIsraelcontra oLíbano, há uma semana, segundo informou nesta segunda-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

" Cerca de 100 mil pessoas (tanto libaneses como sírios) atravessaram do Líbano para a Síria desde a escalada das hostilidades no Líbano. Estima-se que cerca de 60% sejam sírios e 40% sejam libaneses", disse essa agência da ONU em um comunicado.

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"O fluxo de saída continua. O ACNUR está presente em quatro pontos de passagem juntamente com as autoridades locais e o Crescente Vermelho sírio para apoiar os recém-chegados", afirmou o alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, em sua conta oficial no X, com uma imagem de pessoas se aglomerando para cruzar a fronteira.

Segundo o ACNUR, entre os recém-chegadosdestaca-se a presença de crianças pequenas, uma vez que “cerca de 60% dos que cruzaram a fronteira tinham menos de 18 anos”.

"A afluência massiva de sírios retornados e refugiados libaneses que ocorreu ao longo de 28 de setembro após a escalada das hostilidades no Líbano continuou em 29 de setembro, mais visivelmente na passagem fronteiriça de Jdeidet Yabous ", destacou o relatório de situação da agência, que acrescentou que houve "muitas emergências médicas, a maioria delas consequência da exaustão e da desidratação da longa viagem".

Da mesma forma, ressaltou que a isenção anunciada ontem pelo governo sírio dos US$ 100 exigidos de cada sírio para entrar no país causou "alívio palpável" entre os retornados, o que teve "um impacto positivo significativo".

O ACNUR e seus parceiros continuam aumentando a assistência aos recém-chegados, distribuindo artigos de ajuda humanitária, alimentos e água, entre outros, àqueles que chegam aos postos de fronteira. Além disso, organiza o transporte de famílias extremamente vulneráveis ​​(sírias e libanesas) da fronteira para seus destinos na Síria.

Apenas no dia 29 de setembro, cerca de 2.500 pessoas vulneráveis ​​receberam assistência de transporte, detalhou a agência.

"Nas províncias de Homs, Hama, Tartous, Aleppo, Damasco e Damasco Rural, os recém-chegados estão sendo recebidos principalmente por familiares e comunidades. Algumas comunidades locais sírias também estão oferecendo alojamento e outra assistência aos refugiados libaneses", acrescentou o ACNUR.

Ontem, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, declarou que o Líbano já registrou cerca de um milhão de deslocados internos em apenas uma semana de intensos bombardeios israelenses contra os redutos do grupo xiita Hezbollah, a maior onda da história do pequeno país mediterrâneo.

Conflito entre Israel e Hezbollah

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