Caso vença, Le Pen promete começar mandato dando fim ao Schengen
Le Pen publicou em seu site que o restabelecimento dos controles nas fronteiras nacionais é a 1ª das dez medidas que ela pretende aplicar em dois meses
EFE
Publicado em 11 de abril de 2017 às 16h14.
Última atualização em 11 de abril de 2017 às 16h17.
Paris - A candidata ultradireitista à presidência da França , Marine Le Pen, anunciou nesta terça-feira que uma das primeiras medidas de seu eventual governo será a suspensão dos Tratados de Schengen.
Le Pen publicou em seu site que o restabelecimento dos controles nas fronteiras nacionais é a primeira das dez medidas que ela pretende aplicar em seus dois primeiros meses de governo para "responder à urgência econômica, social e de segurança" do país.
A presidente da Frente Nacional reconheceu que uma parte importante de seu projeto demanda a recuperação da soberania da França e a saída da União Europeia, mas deu o prazo de seis meses de negociação antes de convocar um referendo como o do Reino Unido.
"Não é questão de não fazer nada nesse período", acrescentou Le Pen, que também defendeu a importância de expulsar do país de todos os estrangeiros fichados por radicalização e a retirada da nacionalidade francesa daqueles que têm vínculos com o jihadismo.
A aspirante da extrema direita previu também acabar com as leis aprovadas pelas ex-ministras da Justiça Rachida Dati e Christiane Taubira para acabar com o "laxismo judicial", e organizar um referendo sobre uma "grande reforma institucional" que inclua a prioridade nacional no acesso ao emprego e a moradia.
Le Pen quer igualmente restabelecer a aposentadoria aos 60 anos com 40 de cotação, suprimir a ajuda médica estatal dos imigrantes clandestinos ou abolir a polêmica lei trabalhista da ministra de Trabalho socialista, Myriam El Khomri.
"Quero provar que cada segundo do meu mandato será um segundo útil para a França e para os franceses", concluiu a candidata, que conforme todas as pesquisas de intenção de voto tem garantido sua passagem ao segundo turno.