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Casa Branca pede ao Congresso para investigar Obama por grampos

O pedido veio um dia depois que o presidente Trump alegou, sem evidência de apoio, que o então presidente Obama ordenou uma escuta telefônica na Trump Tower

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (Jonathan Ernst/Reuters)

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de março de 2017 às 12h00.

Última atualização em 5 de março de 2017 às 18h16.

WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca pediu neste domingo ao Congresso norte-americano que examine se a administração do ex-presidente Barack Obama abusou de sua "autoridade investigativa" executiva durante a campanha de 2016, como parte da investigação do Congresso em andamento sobre a influência da Rússia nas eleição presidencial.

O pedido veio um dia depois que o presidente Donald Trump alegou, sem evidência de apoio, que o então presidente Obama ordenou uma escuta telefônica na Trump Tower, em Nova York, que era então sede da campanha de Trump.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que Trump e membros do governo não terão mais comentários sobre o assunto até que o Congresso tenha concluído sua investigação, potencialmente eliminando tentativas fazer Trump explicar suas acusações.

"Relatórios sobre investigações potencialmente motivadas politicamente logo antes da eleição de 2016 são muito preocupantes", disse Spicer, em um comunicado.

O deputado norte-americano Devin Nunes, chefe do Comitê de Inteligência da Câmara que examinando possíveis ligações entre a Rússia e a campanha de Trump, disse em uma nota no domingo que qualquer vigilância possível sobre funcionários da campanha seria parte da investigação.

Trump fez a acusação de escutas telefônicas em uma série de tweets matutinos no sábado, em meio ao escrutínio crescente dos laços de sua campanha com a Rússia. Um porta-voz de Obama negou a acusação, dizendo que era "uma regra fundamental" que nenhum funcionário da Casa Branca interferisse com investigações independentes do Departamento de Justiça.

Sob a lei dos EUA, um tribunal federal teria que ter encontrado causa provável de que o alvo da vigilância é um "agente de uma potência estrangeira", a fim de aprovar um mandado autorizando a vigilância eletrônica da Trump Tower.

"Não houve tal atividade de escutas telefônicas montadas contra o presidente eleito na época, ou como candidato ou contra sua campanha", disse à rede NBC o ex-diretor de Inteligência Nacional James Clapper, que deixou o cargo no final do mandato de Obama.

A Casa Branca não ofereceu nenhuma evidência neste domingo para apoiar a acusação de Trump e não disse que era verdade.

A porta-voz Sarah Huckabee Sanders disse na rede ABC que Trump "deixou bem claro o que ele acredita e está pedindo para irmos ao fundo disso. Vamos obter a verdade aqui".

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