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Casa Branca examina alvos de espionagem

Funcionários estão revendo metas para avaliar se o risco de constrangimento para os Estados Unidos

Manifestante participa de protesto da organização Code Pink contra a espionagem americana, em Washington, em 29 de outubro de 2013 (Jim Watson/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 20h34.

Washington - Funcionários da Casa Branca estão revisando as metas de espionagem da Agência de Segurança Nacional ( NSA , na sigla em inglês) para avaliar se o risco de constrangimento para os Estados Unidos se essa vigilância for revelada vale os ganhos que traria para a segurança nacional.

Duas fontes do governo dos EUA disseram que duas autoridades encarregadas pela Casa Branca estão realizando uma avaliação detalhada de listas de alvos usadas pela NSA, como parte de uma revisão da política de inteligência desencadeada por vazamentos feitos pelo ex-funcionário da agência Edward Snowden.

O objetivo da revisão em andamento por dois ex-funcionários - do Departamento de Justiça e da NSA - é considerar se os riscos de constrangimento político ou diplomático se a espionagem vier a público superam quaisquer benefícios, disseram as fontes.

Revelações politicamente embaraçosas, com base em documentos divulgados por Snowden, irritaram aliados dos norte-americanos, da Alemanha ao Brasil, e já provocaram mudanças na forma de coleta dos dados de inteligência pelos EUA.

Depois das informações da mídia alemã de que a NSA havia feito escutas no celular da chanceler Angela Merkel, altos funcionários dos EUA reconheceram que esse tipo de espionagem não estava mais ocorrendo.

O jornal britânico The Guardian, um dos órgãos da mídia que tiveram acesso direto a Snowden e a seu arquivo de material sigiloso, informou em outubro que os EUA tinham monitorado conversações telefônicas de 35 líderes mundiais.

A porta-voz da Casa Branca, Caitlin Hayden, disse que na reavaliação da política de escutas dos EUA o governo está "pesando mais efetivamente os riscos e compensações de nossas atividades. Isso inclui garantir que estejamos focados acima de tudo nas ameaças ao povo americano".

Ela afirmou que a Casa Branca também estava realizando uma revisão mais ampla das atividades do setor de inteligência dos EUA em todo o mundo "com ênfase especial em: examinar se nós temos a postura adequada quando se trata de chefes de Estado; como nós nos coordenamos com nossos aliados e parceiros mais próximos; e quais princípios adicionais de orientação ou contenção poderiam ser apropriados aos nossos esforços".

Altos funcionários dos EUA reconheceram que a NSA e outras agências de espionagem do país pedem informações de autoridades do alto escalão, como funcionários da Casa Branca, quando elaboram listas de alvos de escutas ou outros métodos de espionagem.

O presidente dos EUA, Barack Obama, se reuniu com 16 congressistas nesta quinta-feira para discutir a reforma no modo como as agências de inteligência do país coletam dados de telefonia e da Internet, após as revelações de Snowden.

Obama deve anunciar decisões sobre reformas em um discurso previsto para o começo da semana que vem.

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Washington - Funcionários da Casa Branca estão revisando as metas de espionagem da Agência de Segurança Nacional ( NSA , na sigla em inglês) para avaliar se o risco de constrangimento para os Estados Unidos se essa vigilância for revelada vale os ganhos que traria para a segurança nacional.

Duas fontes do governo dos EUA disseram que duas autoridades encarregadas pela Casa Branca estão realizando uma avaliação detalhada de listas de alvos usadas pela NSA, como parte de uma revisão da política de inteligência desencadeada por vazamentos feitos pelo ex-funcionário da agência Edward Snowden.

O objetivo da revisão em andamento por dois ex-funcionários - do Departamento de Justiça e da NSA - é considerar se os riscos de constrangimento político ou diplomático se a espionagem vier a público superam quaisquer benefícios, disseram as fontes.

Revelações politicamente embaraçosas, com base em documentos divulgados por Snowden, irritaram aliados dos norte-americanos, da Alemanha ao Brasil, e já provocaram mudanças na forma de coleta dos dados de inteligência pelos EUA.

Depois das informações da mídia alemã de que a NSA havia feito escutas no celular da chanceler Angela Merkel, altos funcionários dos EUA reconheceram que esse tipo de espionagem não estava mais ocorrendo.

O jornal britânico The Guardian, um dos órgãos da mídia que tiveram acesso direto a Snowden e a seu arquivo de material sigiloso, informou em outubro que os EUA tinham monitorado conversações telefônicas de 35 líderes mundiais.

A porta-voz da Casa Branca, Caitlin Hayden, disse que na reavaliação da política de escutas dos EUA o governo está "pesando mais efetivamente os riscos e compensações de nossas atividades. Isso inclui garantir que estejamos focados acima de tudo nas ameaças ao povo americano".

Ela afirmou que a Casa Branca também estava realizando uma revisão mais ampla das atividades do setor de inteligência dos EUA em todo o mundo "com ênfase especial em: examinar se nós temos a postura adequada quando se trata de chefes de Estado; como nós nos coordenamos com nossos aliados e parceiros mais próximos; e quais princípios adicionais de orientação ou contenção poderiam ser apropriados aos nossos esforços".

Altos funcionários dos EUA reconheceram que a NSA e outras agências de espionagem do país pedem informações de autoridades do alto escalão, como funcionários da Casa Branca, quando elaboram listas de alvos de escutas ou outros métodos de espionagem.

O presidente dos EUA, Barack Obama, se reuniu com 16 congressistas nesta quinta-feira para discutir a reforma no modo como as agências de inteligência do país coletam dados de telefonia e da Internet, após as revelações de Snowden.

Obama deve anunciar decisões sobre reformas em um discurso previsto para o começo da semana que vem.

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