Carnaval divide oposição e governo na Venezuela
O carnaval se transformou em mais uma polêmica na Venezuela entre o governo e a oposição
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 10h03.
Bogotá -O carnaval se transformou em mais uma polêmica na Venezuela entre o governo e a oposição.
A festa, tradicionalmente celebrada no país, não terá este ano o apoio de alguns governadores e prefeitos de oposição, que anunciaram que não pretendem promover programações carnavalescas em respeito à morte de pelo menos 15 pessoas que participavam dos protestos contra o governo.
O presidente Nicolás Maduro , no entanto, manteve a programação nacional de carnaval e decretou feriado hoje (27) e amanhã (28), prolongando os dias de descanso até a Quarta-Feira de Cinzas (5).
O feriado homenageia os 25 anos da morte de pessoas que protestavam contra medidas neoliberais durante o governo de Carlos Andrés Pérez.
Conhecido como Caracazo, o movimento deixou 300 mortes (de acordo com números oficiais), causadas pela polícia e o Exército venezuelanos na época.
Com o feriado decretado, os venezuelanos terão até quarta-feira (5) para descanso ou viagens.
O governo de Nicolás Maduro tem incentivados viagens às praias ou para as montanhas, no interior do país, e também reforçado que o carnaval é uma festa que deve ser celebrada "como tradição cultural no país".
Nessa quarta-feira (26), ao receber camponeses e indígenas, o presidente Nicolás Maduro disse que a "palavra de ordem é lutar, dançar e vencer". Ele acusou a oposição de querer probir o carnaval.
"Nem nas piores ditaduras que vivemos, nós deixamos de desfrutar o carnaval, o que vão querer fazer depois? Proibir a Semana Santa?", questionou em Miraflores, pouco antes de dar início à Conferência Nacional de Paz, que reuniu diversos setores da sociedade, como políticos, empresários e lideranças de movimentos da sociedade civil.
A oposição, entretanto, não participou do encontro.
Com relação ao carnaval, algumas prefeituras como a de Chacao, no estado de Miranda, alegam que não programarão eventos carnavalescos em respeito ao luto das famílias que perderam parentes durante os protestos.
Além disso, o movimento estudantil e os opositores fazem o movimento contrário ao do governo e pedem que os manifestantes se mantenham nas cidades e em protesto.
Nas redes sociais, como o Twitter e o Facebook, manifestantes fazem convocações para que todos continuem protestando nas ruas do país e para que os venezuelanos não viajem para o carnaval.
Ontem, uma manifestação de mulheres opositoras pediu o fim da violência e homenageou os jovens mortos nos confrontos.
Em entrevistas a agências de notícias internacionais e a jornais opositores locais, elas disseram que estavam protestando por justiça e disseram que não havia "clima para carnaval".
Bogotá -O carnaval se transformou em mais uma polêmica na Venezuela entre o governo e a oposição.
A festa, tradicionalmente celebrada no país, não terá este ano o apoio de alguns governadores e prefeitos de oposição, que anunciaram que não pretendem promover programações carnavalescas em respeito à morte de pelo menos 15 pessoas que participavam dos protestos contra o governo.
O presidente Nicolás Maduro , no entanto, manteve a programação nacional de carnaval e decretou feriado hoje (27) e amanhã (28), prolongando os dias de descanso até a Quarta-Feira de Cinzas (5).
O feriado homenageia os 25 anos da morte de pessoas que protestavam contra medidas neoliberais durante o governo de Carlos Andrés Pérez.
Conhecido como Caracazo, o movimento deixou 300 mortes (de acordo com números oficiais), causadas pela polícia e o Exército venezuelanos na época.
Com o feriado decretado, os venezuelanos terão até quarta-feira (5) para descanso ou viagens.
O governo de Nicolás Maduro tem incentivados viagens às praias ou para as montanhas, no interior do país, e também reforçado que o carnaval é uma festa que deve ser celebrada "como tradição cultural no país".
Nessa quarta-feira (26), ao receber camponeses e indígenas, o presidente Nicolás Maduro disse que a "palavra de ordem é lutar, dançar e vencer". Ele acusou a oposição de querer probir o carnaval.
"Nem nas piores ditaduras que vivemos, nós deixamos de desfrutar o carnaval, o que vão querer fazer depois? Proibir a Semana Santa?", questionou em Miraflores, pouco antes de dar início à Conferência Nacional de Paz, que reuniu diversos setores da sociedade, como políticos, empresários e lideranças de movimentos da sociedade civil.
A oposição, entretanto, não participou do encontro.
Com relação ao carnaval, algumas prefeituras como a de Chacao, no estado de Miranda, alegam que não programarão eventos carnavalescos em respeito ao luto das famílias que perderam parentes durante os protestos.
Além disso, o movimento estudantil e os opositores fazem o movimento contrário ao do governo e pedem que os manifestantes se mantenham nas cidades e em protesto.
Nas redes sociais, como o Twitter e o Facebook, manifestantes fazem convocações para que todos continuem protestando nas ruas do país e para que os venezuelanos não viajem para o carnaval.
Ontem, uma manifestação de mulheres opositoras pediu o fim da violência e homenageou os jovens mortos nos confrontos.
Em entrevistas a agências de notícias internacionais e a jornais opositores locais, elas disseram que estavam protestando por justiça e disseram que não havia "clima para carnaval".