Exame Logo

Candidato na Colômbia diz que conversará com as Farc

Candidato opositor Óscar Iván Zuluaga muda sua posição sobre o assunto mais central dessas eleições presidenciais

Eleição presidencial da Colombia: de direita, foi o candidato com mais votos no primeiro turno realizado no domingo (Jaime Saldarriaga/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 09h33.

Bogotá - O candidato presidencial colombiano Óscar Iván Zuluaga, que enfrenta o atual presidente Juan Manuel Santos nas urnas, abandonou sua ameaça de encerrar as conversas de paz com rebeldes guerrilheiros caso seja eleito, mudando sua posição sobre o assunto mais central dessas eleições .

Zualaga, de direita, foi o candidato com mais votos no primeiro turno realizado no domingo, embora não tenha obtido o suficiente para evitar um segundo turno em 15 de junho.

Ele agora está empatado com Santos, de acordo com pesquisa na quinta-feira, aumentando o suspense na mais disputada eleição na Colômbia em vários anos.

Zuluaga disse na quinta-feira à rádio Caracol que, se eleito, ainda exigirá que o grupo Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) interrompa os combates e as atividades criminosas para que as conversações de paz iniciadas por Santos, em 2012, sejam continuadas, mas acrescentou que não mais suspenderia imediatamente as negociações como havia prometido.

O candidato não disse quanto tempo daria às Farc para declarar um cessar-fogo, uma condição que a guerrilha rejeitou até agora, mas disse ter mudado de opinião a pedido da líder do Partido Conservador, Marta Lucía Ramírez, em troca de seu apoio na fase final da campanha. A questão de como encerrar esse conflito no país, que já dura 50 anos e tirou a vida de mais de 220 mil pessoas, tem sido um ponto crucial na corrida eleitoral.

São Paulo - Os colombianos irão às urnas nesse fim de semana para decidir pelo próximo presidente do país. O atual, Juan Manuel Santos, quer um segundo mandato. O seu opositor é Óscar Ivan Zuluaga, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Santos é o favorito, mas não deve conseguir evitar um segundo turno. A Colômbia tem crescido rapidamente na economia e pode até ultrapassar a Argentina como segunda maior economia do continente - atrás, claro, do Brasil. Mas os colombianos, apesar dos anos prósperos, ainda convivem com muita pobreza e violência - o maior exemplo é a guerra contra o narcotráfico e as Farc. Veja a seguir 10 fatos sobre a Colômbia para entender o panorama que cerca candidatos e eleitores nessas eleições:
  • 2. 2. Crianças

    2 /11(John Coletti/Corbis/Latinstock)

  • Veja também

    Mortalidade infantil: 15 mortes por 1.000 nascimentos (107º no mundo) Trabalho infantil: 9% das crianças entre 5 e 14 anos (988 mil crianças)
  • 3. 3. Trabalho

    3 /11(REUTERS)

  • Desemprego entre 15 e 14 anos: 21,9% Desemprego geral: 9,7%
  • 4. 4. Economia

    4 /11(Alfredo Estrella/AFP)

    PIB: 526,5 bilhões de dólares (29º no mundo) Crescimento anual (2013): 4,2% Renda per capita: 11.100 dólares (110º no mundo)
  • 5. 5. Pobreza

    5 /11(Luis Acosta/AFP)

    Pessoas abaixo da linha da pobreza: 32,7%
  • 6. 6. Violência

    6 /11(Jaime Saldarriaga/Reuters)

    Status: 10º país mais violento do mundo Número de homicídios (2012): 14.670 casos Taxa de homicídios (2011): 33,6/100 mil habitantes
  • 7. 7. Cidades mais violentas

    7 /11(Eitan Abramovich/AFP)

    Entre as 30 mais violentas:
    4º - Cali - 83.20 por 100.000 habitantes 11º - Palmira - 60.86 por 100.000 habitantes
  • 8. 8. Igualdade de gênero

    8 /11(Getty Images/Getty Images)

    91º do mundo, entre 186 países, segundo a ONU
  • 9. 9. Liberdade de imprensa

    9 /11(Luis Acosta/AFP)

    Mortes: 45 jornalistas mortos em serviço entre 1994 e 2014 - 51% deles estavam investigando casos de corrupção - 91% foram assassinados: 37% mortos por paramilitares e milícias; e 20% por pessoas do governo colombiano
  • 10. 10. Otimismo

    10 /11(Pedro Felipe/Wikimedia Commons)

    2º país mais otimista do mundo Nível de felicidade: 86% - Acredita que 2014 será melhor que 2013: 57% - Acredita que 2014 será um bom ano para a economia: 35% (Segundo pesquisa do Worldwide Independent Network of Market Research)
  • 11. Agora veja outras eleições importantes

    11 /11(Ueslei Marcelino/Reuters)

  • Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaEleiçõesFarcPolítica

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Mundo

    Mais na Exame