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Canadá autoriza libertação de ex-detento de Guantánamo

O rapaz de 28 anos foi capturado pelas forças americanas no Afeganistão, em 2002, acusado de ter matado um sargento americano com uma granada

Retrato de Omar Khadr de setembro de 2012: seus defensores, que pregam sua inocência, reiteraram que a pouca idade do acusado quando os fatos em questão ocorreram (AFP)

Retrato de Omar Khadr de setembro de 2012: seus defensores, que pregam sua inocência, reiteraram que a pouca idade do acusado quando os fatos em questão ocorreram (AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2015 às 13h53.

Montreal - A justiça canadense autorizou nesta sexta-feira a libertação sob condições do canadense Omar Khadr, detido no Canadá desde 2012, depois de ter permanecido por 10 anos como prisioneiro de Guantánamo, anunciou seu advogado.

Um tribunal de Edmonton (Alberta, oeste) tomou esta decisão devido "a um pedido determinante que está em andamento nos Estados Unidos" e porque Khadr "não representa nenhuma ameaça", indicou à AFP Nathan Whitling, o advogado do detido, capturado em 2002 no Afeganistão quando tinha 15 anos.

"As condições de sua libertação serão fixadas no dia 5 de maio", e Khadr deve abandonar a prisão de segurança máxima "por volta desta data", acrescentou o advogado.

Filho de um influente membro da Al-Qaeda morto em outubro de 2003 pelas mãos do Exército paquistanês, Khadr, de 28 anos, foi capturado pelas forças americanas no Afeganistão em 2002 e acusado de ter matado com uma granada um sargento americano, crime pelo qual foi enviado à prisão militar americana de Guantánamo.

Seus defensores, que pregam sua inocência, reiteraram que a pouca idade do acusado quando os fatos em questão ocorreram deveria permitir um tratamento judicial especial. Mas os argumentos foram em vão até o momento.

O tribunal militar americano de exceção de Guantánamo condenou Omar Khadr a oito anos de prisão em outubro de 2010, pena que cumpre desde setembro de 2012 no Canadá.

O promotor do ministério público considerou, por sua vez, que sua saída em liberdade minará a confiança do público no sistema judicial e também pode afetar as relações bilaterais com os Estados Unidos.

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