Campanha da Anistia envia cartas cobrando autoridades
A campanha Escreva por Direitos consiste no envio de cartas para autoridades governamentais para cobrar providências para violação de Direitos Humanos
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 17h42.
Rio - A Anistia Internacional lançou nesta sexta-feira, 6, a edição 2013 da campanha Escreva por Direitos, que consiste no envio de cartas para autoridades governamentais com o objetivo de cobrar providências para episódios de violação de Direitos Humanos. A maratona de cartas ocorre até o dia 16 em dezenas de países.
Este ano, o núcleo da organização não governamental (ONG) no Brasil selecionou para a campanha seis casos de desrespeito aos Direitos Humanos. Dois incidentes aconteceram em território nacional.
Um dos casos foi na Bahia. Dois filhos de Jorge Lázaro foram assassinados em Salvador. A primeira execução foi em 2008 e, de acordo com a Anistia, há fortes evidências de que o crime tenha sido cometido por policiais militares.
Depois disso, Lázaro iniciou a luta por justiça e, em março de 2013, outro filho dele foi morto por desconhecidos. Os dois assassinatos permanecem sem solução e nenhum acusado ainda foi levado a julgamento.
O segundo episódio envolve indígenas guarani-caiovás em Mato Grosso do Sul. Em setembro, 60 índios ocuparam um canavial que afirmam fazer parte das terras ancestrais, de onde teriam sido expulsos. Desde 1999, a comunidade vive acampada à beira da Rodovia BR-463, entre Dourados e Ponta Porã.
Segundo a ONG, os indígenas têm sido ameaçados por seguranças contratados pelos atuais ocupantes das propriedades, que tentam expulsá-los de lá. Além disso, a Fundação Nacional do Índio (Funai) deveria ter concluído a demarcação das terras dos gurani-caiovás em 2010, mas até agora nada foi feito.
Com o objetivo de exigir soluções para essas questões, a Anistia Internacional defende que os cidadãos brasileiros enviem diversas cartas para o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), e para o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.
Os outros quatro casos de violações incluídos na maratona brasileira aconteceram em diferentes partes do mundo: agressão a militante dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) na Bielorrússia, prisão de ativista por moradia no Camboja, estupro e tortura de mulher no México, espancamento de jovem durante manifestação na Síria. Em 2012, a maratona produziu quase 2 milhões de mensagens, e envolveu cerca de 500 mil manifestantes em 77 países.
No Brasil, a campanha realizará atos para a coleta de cartas em 11 cidades: São Paulo, Rio, Niterói (RJ), Brasília, Salvador, Fortaleza, Curitiba, Belém, Manaus, Goiânia e Dourados (MS). Outras informações sobre os casos de violação de Direitos Humanos e a programação dos eventos podem ser consultadas em http://www.maratonadecartas.org.br. Procuradas pela reportagem, as assessorias de Cardozo e Wagner não se manifestaram até as 18 horas.
Rio - A Anistia Internacional lançou nesta sexta-feira, 6, a edição 2013 da campanha Escreva por Direitos, que consiste no envio de cartas para autoridades governamentais com o objetivo de cobrar providências para episódios de violação de Direitos Humanos. A maratona de cartas ocorre até o dia 16 em dezenas de países.
Este ano, o núcleo da organização não governamental (ONG) no Brasil selecionou para a campanha seis casos de desrespeito aos Direitos Humanos. Dois incidentes aconteceram em território nacional.
Um dos casos foi na Bahia. Dois filhos de Jorge Lázaro foram assassinados em Salvador. A primeira execução foi em 2008 e, de acordo com a Anistia, há fortes evidências de que o crime tenha sido cometido por policiais militares.
Depois disso, Lázaro iniciou a luta por justiça e, em março de 2013, outro filho dele foi morto por desconhecidos. Os dois assassinatos permanecem sem solução e nenhum acusado ainda foi levado a julgamento.
O segundo episódio envolve indígenas guarani-caiovás em Mato Grosso do Sul. Em setembro, 60 índios ocuparam um canavial que afirmam fazer parte das terras ancestrais, de onde teriam sido expulsos. Desde 1999, a comunidade vive acampada à beira da Rodovia BR-463, entre Dourados e Ponta Porã.
Segundo a ONG, os indígenas têm sido ameaçados por seguranças contratados pelos atuais ocupantes das propriedades, que tentam expulsá-los de lá. Além disso, a Fundação Nacional do Índio (Funai) deveria ter concluído a demarcação das terras dos gurani-caiovás em 2010, mas até agora nada foi feito.
Com o objetivo de exigir soluções para essas questões, a Anistia Internacional defende que os cidadãos brasileiros enviem diversas cartas para o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), e para o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.
Os outros quatro casos de violações incluídos na maratona brasileira aconteceram em diferentes partes do mundo: agressão a militante dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) na Bielorrússia, prisão de ativista por moradia no Camboja, estupro e tortura de mulher no México, espancamento de jovem durante manifestação na Síria. Em 2012, a maratona produziu quase 2 milhões de mensagens, e envolveu cerca de 500 mil manifestantes em 77 países.
No Brasil, a campanha realizará atos para a coleta de cartas em 11 cidades: São Paulo, Rio, Niterói (RJ), Brasília, Salvador, Fortaleza, Curitiba, Belém, Manaus, Goiânia e Dourados (MS). Outras informações sobre os casos de violação de Direitos Humanos e a programação dos eventos podem ser consultadas em http://www.maratonadecartas.org.br. Procuradas pela reportagem, as assessorias de Cardozo e Wagner não se manifestaram até as 18 horas.