Exame Logo

Cabello diz que Capriles está desesperado pela presidência

"O malandro de Miranda se esqueceu que já fui presidente graças ao golpe que ele deu em 2002. Ele está desesperado pelo cargo", escreveu Cabello em sua conta no Twitter

Diosdado Cabello: as palavras de Cabello foram produzidas depois que Capriles pediu publicamente que o governo aplique a Constituição. (AFP/ Raul Arboleda)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 18h13.

Caracas - O presidente do Parlamento da Venezuela , Diosdado Cabello, acusou nesta terça-feira o líder opositor Henrique Capriles, governador do estado de Miranda, de estar desesperado pelo cargo de presidente do país e lembrou que já exerceu esse papel em 2002.

"O malandro de Miranda se esqueceu que já fui presidente graças ao golpe que ele deu em 2002. Ele está desesperado pelo cargo", escreveu Cabello em sua conta no Twitter.

"O único desesperado para ser presidente é o malandro de Miranda; faltaria saber se na MUD (Mesa de Unidade Democrática, aliança que a oposição aglutina) deixariam ele ser candidato", acrescentou Cabello.

As palavras de Cabello foram produzidas depois que Capriles pediu publicamente que o governo aplique a Constituição, considerando que isso implicaria que em caso do presidente Hugo Chávez não comparecer ao juramento perante a Constituição previsto para quinta-feira, a presidência passe temporariamente para as mãos do presidente da Assembleia Nacional.

Capriles disse que em sua opinião "seria uma desgraça" se Cabello governasse, mas que a Constituição ordena isso caso Chávez não tome posse para um mandato de seis anos, para o qual foi reeleito em outubro, quando derrotou justamente o governador de Miranda.


"Pelo histórico que esta pessoa tem, Cabello não deveria ser o presidente da Venezuela, mas isso não é uma escolha minha", disse Capriles.

Chávez está internado em Cuba desde que passou pela quarta cirurgia, em 11 de dezembro, por conta de um câncer situado na região pélvica, cuja natureza não foi informada oficialmente.

Cabello exercia o cargo de vice-presidente da Venezuela quando Chávez foi derrubado brevemente em 11 de abril de 2002 e foi juramentado como presidente temporário.

Antes que Chavéz tivesse sido resgatado em 13 de abril de 2002 da ilha caribenha de La Orchila, onde foi levado pelos golpistas e devolvido a Caracas para que reassumisse o cargo como presidente, Cabello foi o líder do país por algumas horas.

Segundo a interpretação de Capriles e da MUD, perante a prevista ausência de Chávez na próxima quinta-feira, Cabello deve voltar a assumir o governo do país, agora como presidente do Parlamento, enquanto espera que o presidente se recupere e cumpra os prazos estabelecidos na Constituição.

O chavismo defende que o comparecimento para o juramento na Assembleia Nacional é um "mero formalismo" que Chávez pode cumprir posteriormente perante o Supremo e que até então, as autoridades podem seguir em seus cargos do período presidencial que termina na quinta-feira, incluindo o vice-presidente, Nicolás Maduro. EFE

Veja também

Caracas - O presidente do Parlamento da Venezuela , Diosdado Cabello, acusou nesta terça-feira o líder opositor Henrique Capriles, governador do estado de Miranda, de estar desesperado pelo cargo de presidente do país e lembrou que já exerceu esse papel em 2002.

"O malandro de Miranda se esqueceu que já fui presidente graças ao golpe que ele deu em 2002. Ele está desesperado pelo cargo", escreveu Cabello em sua conta no Twitter.

"O único desesperado para ser presidente é o malandro de Miranda; faltaria saber se na MUD (Mesa de Unidade Democrática, aliança que a oposição aglutina) deixariam ele ser candidato", acrescentou Cabello.

As palavras de Cabello foram produzidas depois que Capriles pediu publicamente que o governo aplique a Constituição, considerando que isso implicaria que em caso do presidente Hugo Chávez não comparecer ao juramento perante a Constituição previsto para quinta-feira, a presidência passe temporariamente para as mãos do presidente da Assembleia Nacional.

Capriles disse que em sua opinião "seria uma desgraça" se Cabello governasse, mas que a Constituição ordena isso caso Chávez não tome posse para um mandato de seis anos, para o qual foi reeleito em outubro, quando derrotou justamente o governador de Miranda.


"Pelo histórico que esta pessoa tem, Cabello não deveria ser o presidente da Venezuela, mas isso não é uma escolha minha", disse Capriles.

Chávez está internado em Cuba desde que passou pela quarta cirurgia, em 11 de dezembro, por conta de um câncer situado na região pélvica, cuja natureza não foi informada oficialmente.

Cabello exercia o cargo de vice-presidente da Venezuela quando Chávez foi derrubado brevemente em 11 de abril de 2002 e foi juramentado como presidente temporário.

Antes que Chavéz tivesse sido resgatado em 13 de abril de 2002 da ilha caribenha de La Orchila, onde foi levado pelos golpistas e devolvido a Caracas para que reassumisse o cargo como presidente, Cabello foi o líder do país por algumas horas.

Segundo a interpretação de Capriles e da MUD, perante a prevista ausência de Chávez na próxima quinta-feira, Cabello deve voltar a assumir o governo do país, agora como presidente do Parlamento, enquanto espera que o presidente se recupere e cumpra os prazos estabelecidos na Constituição.

O chavismo defende que o comparecimento para o juramento na Assembleia Nacional é um "mero formalismo" que Chávez pode cumprir posteriormente perante o Supremo e que até então, as autoridades podem seguir em seus cargos do período presidencial que termina na quinta-feira, incluindo o vice-presidente, Nicolás Maduro. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaHenrique CaprilesHugo ChávezPolíticosVenezuela

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame