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Brexit sem acordo ainda é possível apesar de negociações, diz chefe da UE

O Reino Unido e a UE estão em um último esforço para chegar a um acordo para manter o comércio fluindo sem tarifas ou cotas a partir do início de 2021

Ursula von der Leyen: "Precisamos estabelecer mecanismos robustos, garantindo que a concorrência seja, e permaneça, livre e justa ao longo do tempo" (Olivier Hoslet/Reuters)

Ursula von der Leyen: "Precisamos estabelecer mecanismos robustos, garantindo que a concorrência seja, e permaneça, livre e justa ao longo do tempo" (Olivier Hoslet/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 10h51.

A chefe do Executivo da União Europeia citou nesta quarta-feira "progresso genuíno" nas negociações do Brexit, mas disse que o risco de o Reino Unido deixar a UE sem um novo acordo comercial em 31 de dezembro permanece, um resultado para o qual o bloco está preparado.

O Reino Unido e a UE estão em um último esforço para chegar a um acordo para manter o comércio fluindo sem tarifas ou cotas a partir do início de 2021, após o término da atual transição de Londres em sua saída do bloco de 27 países.

"Os próximos dias serão decisivos", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. "A União Europeia está bem preparada para um cenário sem acordo, mas é claro que preferimos chegar a um pacto."

"Com muito pouco tempo pela frente, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para chegar a um acordo. Estamos prontos para ser criativos. Mas não estamos prontos para colocar em dúvida a integridade do nosso mercado único", acrescentou.

Os negociadores concordaram com o esboço de um novo tratado de parceria sobre bens e serviços, bem como sobre transporte, disse ela, acrescentando que "progressos genuínos" foram feitos em questões que vão da cooperação judiciária à coordenação de benefícios sociais.

Uma autoridade da UE envolvida nas negociações disse que um acordo é possível, mas provavelmente não antes do fim de semana.

Os três principais obstáculos a um acordo são a divisão das cotas de pesca e o acordo de acesso às águas, maneiras de resolver disputas futuras e a garantia de um jogo econômico justo para as empresas, inclusive no que diz respeito aos auxílios estatais.

"Precisamos estabelecer mecanismos robustos, garantindo que a concorrência seja -- e permaneça -- livre e justa ao longo do tempo. Nas discussões sobre os auxílios estatais, ainda temos problemas sérios, por exemplo, quando se trata de fiscalização", disse von der Leyen.

A conservadora alemã disse que a UE precisa ser capaz de retaliar no comércio se o Reino Unido reduzir os padrões trabalhistas ou ambientais, e deseja previsibilidade de longo prazo para sua indústria pesqueira.

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