Brasileiros resgatados da guerra entre Israel e Hamas chegam ao país vindos da Cisjordânia
Grupo de 32 pessoas, que inclui 12 homens, 9 mulheres e 11 crianças, se dividiu com paradas em Recife e Brasília
Agência de notícias
Publicado em 2 de novembro de 2023 às 10h06.
Um grupo com 32 pessoas vindos da Cisjordânia, território palestino, desembarcou na manhã desta quinta-feira no Brasil, após deixar o local por causa da guerra entre Israel e o grupo Hamas, que atua na Faixa de Gaza. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 8h35 na Base Aérea de Brasília, onde 26 deles desembarcaram. Seis ficaram anteriormente no Recife, primeira parada na chegada ao Brasil.
Ao todo, vieram a bordo 12 homens, 9 mulheres e 11 crianças. Eles saíram de 11 cidades, em um ônibus, até Amã, a capital da Jordânia, de onde o avião da FAB decolou para o Brasil no final da manhã da quarta-feira (1º).
O destino das famílias repatriadas será Foz do Iguaçu (oito), São Paulo (cinco), Florianópolis (quatro), Recife (três), Rio de Janeiro (dois), Fortaleza (três), Curitiba (dois), Goiânia (dois), Brasília (dois) e Porto Alegre (um).
Esse é o nono avião da FAB que retorna do território em guerra. O primeiro grupo resgatado pela FAB chegou ao Brasil no dia 11 de outubro.
A aeronave VC2 (Embraer 190) da Presidência da República decolou às 16h50 (10h50 do Brasil) do Aeroporto Internacional Marka, em Amã, na Jordânia, com destino ao Brasil.
Eles foram repatriados da Cisjordânia em mais uma etapa da Operação Voltando em Paz realizada nesta quarta-feira, 1 de novembro. No trajeto, fizeram três paradas técnicas: uma em Roma, na Itália. A segunda em Las Palmas, na Espanha. E a terceira em Recife, já no Brasil.
Três veículos, entre ônibus e vans alugados pela representação do Brasil, conduziram os passageiros de 11 cidades da Cisjordânia até a cidade de Jericó. "Os veículos foram identificados com a bandeira do Brasil. Para fins de segurança, as placas, trajetos e listas de passageiros foram informados às autoridades da Palestina e de Israel", disse o embaixador Alessandro Candeas. A medida foi essencial para evitar bombardeios no trajeto.
Em Jericó, todos fizeram os trâmites migratórios. Dali, cruzaram a fronteira com a Jordânia e na sequência, embarcaram em outro ônibus fretado pelo Governo Brasileiro até Amã, capital do país. Um deslocamento de um pouco mais de uma hora.