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Brasil quer fazer justiça com Paraguai sobre Itaipu, diz Bolsonaro

Acordo firmado em maio é considerado prejudicial ao Paraguai, pois elevaria as despesas do país com Itaipu em cerca de US$ 200 milhões

Itaipu: O presidente Jair Bolsonaro disse que o governo está resolvendo a situação da hidrelétrica com o Paraguai (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 31 de julho de 2019 às 17h26.

Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 13h07.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que o governo está resolvendo a situação de Itaipu com o Paraguai e quer "fazer justiça", e assim evitar problemas para o presidente paraguaio, Mario Abdo.

"Lá você sabe como funciona, né? Lá é muito rápido o impeachment", disse Bolsonaro a jornalistas.

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"Ontem conversei com o (Joaquim) Silva e Luna, presidente da parte brasileira da Itaipu. Estamos resolvendo esse assunto. Pode deixar que o Marito (Abdo) vai ser reconhecido pelo bom trabalho que está fazendo no Paraguai", acrescentou.

O acordo - considerado por autoridades e parlamentares paraguaios bastante prejudicial porque elevaria as despesas do país com Itaipu em cerca de 200 milhões de dólares -  foi divulgado ao público na semana passada, embora tenha sido firmado em maio, e levou à renúncia na segunda-feira do chanceler do Paraguai, Luis Castiglioni, e outras três autoridades.

"Olha, nosso relacionamento com o Paraguai é excepcional, excelente. Estamos dispostos a fazer justiça neste questão de Itaipu Binacional, que é importantíssimo no Paraguai e importante para nós", disse Bolsonaro.

"Não é questão de ceder ao Paraguai. Não é meio a meio? A princípio é por aí. As pequenas derivações a gente acerta aí", acrescentou.

Em entrevista à Reuters, o presidente do centro de estudos em energia Acende Brasil, Claudio Sales, disse que o acordo é positivo para o Brasil e corrige distorções que geraram custos extras para os brasileiros nos últimos anos.

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