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Brasil é um dos 10 países mais atraentes para energias renováveis

Bom desempenho da eólica colocou o país no 10º lugar do ranking da Ernst & Young

Energia eólica, ao fundo, e catamarã na foz do Rio Jaguaribe, no Ceará. (LUIS MORAIS)

Energia eólica, ao fundo, e catamarã na foz do Rio Jaguaribe, no Ceará. (LUIS MORAIS)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 14h15.

São Paulo – Os ventos estão favoráveis para o setor eólico brasileiro. Pela primeira vez, o país aparece entre os 10 mais atraentes para investimentos em energia renovável (veja lista na próxima página), graças, sobretudo, ao bom desempenho da eólica. De acordo com ranking trimestral realizado pela Ernst & Young, o Brasil ocupa agora a décima posição - oito acima na comparação com o mesmo período de 2010.

De acordo com o estudo “Renewable energy country attractiveness indices”, o terceiro trimestre de 2011 foi um bom momento para desenvolvedores da energia eólica no Brasil, com a realização de quatro leilões que forneceram oportunidades para remodelar o mercado energético nacional. A energia eólica chamou a atenção porque, pela primeira vez, seu preço caiu abaixo do da eletricidade gerada pelas termelétricas a gás natural.

“O ranking mostra o amadurecimento do segmento eólico dentro da matriz energética brasileira”, avalia Luiz Claudio Campos, sócio de Transações da Ernst & Young Terco. “Há exatamente um ano, o Brasil estava na 18ª posição no ranking. Em um futuro próximo, o País pode ocupar uma posição de ainda mais destaque, provavelmente devido ao setor eólico.”

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade de geração de energia eólica brasileira está no caminho certo para crescer em 600% até 2014 para mais de 7 gigawatts (GW), em comparação ao 1 GW alcançado no final de 2010. As razões para o bom resultado do setor no país incluem desde a recente chegada de fornecedores chineses de equipamentos, o que pode levar fornecedores locais a reduzirem seus preços para continuar competitivos, ao número crescente de fabricantes de turbinas no Brasil.


No entanto, ainda há desafios. De acordo com a Abeeólica, melhorias no processo de licenciamento ambiental e soluções para os problemas com a logística e portos continuam a ser as principais barreiras para o crescimento contínuo do setor de energia eólica no Brasil.

No cenário internacional, apesar do choque de geração de energia causado por eventos extremos como o tsunami no Japão e os conflitos no Oriente Médio e no Norte da África, a maioria dos países está ampliando seus portfólios de energias renováveis. A exceção fica por conta do continente europeu, que ainda sofre com a crise econômica.

Veja a seguir quais são os 10 países que lideram o ranking geral de renováveis atual e o desempenho no setor eólico, segundo o índice de infraestrutura que suporta o desenvolvimento de empreendimentos de energias renováveis em cada país (todas as notas são em uma escala de zero a cem).

Top 10  Pontuação geral Índice eólica
1 - China           70        76
2 - EUA          66                 66
3 - Alemanha 65 69
4 - India 63 63
5 - Itália 58 59
6 - Reino Unido 57 64
7 - França 55 58
8 - Canadá 53 60
9 - Espanha 51 50
10 - Brasil 50 53
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