Bandeira das Filipinas é vista em meio a destroços causados pelo tufão Bopha (REUTERS/Erik De Castro)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 05h17.
Manila - As autoridades filipinas elevaram nesta sexta-feira o número de mortos e desaparecidos a 1.838 por consequência da passagem do tufão "Bopha", cujos efeitos devastadores se multiplicaram na semana passada devido à mudança climática e ao desmatamento, segundo os especialistas.
Com a última apuração de falecidos em 906, as equipes de resgate têm poucas esperanças de encontrar com vida as 932 pessoas dadas por desaparecidas mais de uma semana depois de o tufão ter arrasado plantações e dezenas de aldeias.
Segundo o Conselho Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres, 2.660 pessoas ficaram feridas, e as inundações e os deslizamentos de terra danificaram cerca de 250 mil casas.
Com 5,5 milhões de desabrigados, quase 60 mil pessoas são atendidas em abrigos, enquanto 760 mil requerem água e alimentos para sobreviver principalmente nas províncias de Davao Oriental e Compostela Valley.
ONGs e especialistas como o meteorologista Jeff Masters afirmam que a intensidade de "Bopha", que chegou ao nível 5, se deve ao aquecimento incomum das águas do oceano por conta da mudança climática.
No entanto, tufões como "Bopha" ou "Sandy", que atingiu os Estados Unidos recentemente, não serviram para que a Cúpula da ONU sobre Mudança Climática alcançasse um acordo mais ambicioso na semana passada em Doha, onde acordaram uma extensão do Protocolo de Kioto até 2020.
Juland Suazo, da ONG filipina Panalipdan, lembrou ainda que o desmatamento para dar passagem a explorações mineiras e plantações aumentou os efeitos devastadores das inundações e dos deslizamentos de terra.