Exame Logo

Bomba usada em Manchester era "potente e sofisticada", diz NYT

A análise inicial da bomba do atentado na Manchester Arena não permite deduzir a quantidade ou o tipo de explosivo que compunha a carga

Ataque em Manchester: o dispositivo contava com uma bateria mais potente do que as utilizadas normalmente (Jon Super/Reuters)
A

AFP

Publicado em 24 de maio de 2017 às 18h21.

A bomba detonada por um jovem suicida em Manchester na segunda-feira à noite, que deixou 22 mortos e 59 feridos, era potente e sofisticada, segundo fotos da polícia britânica reveladas e analisadas nesta quarta-feira pelo The New York Times (NYT).

A análise inicial da bomba, baseada em elementos fotografados e recolhidos na cena do crime, não permite deduzir a quantidade ou o tipo de explosivo que compunha a carga, mas faz pensar que se tratava de um dispositivo artesanal fabricado depois de uma "profunda reflexão e com cuidado", segundo o jornal americano.

Veja também

O periódico publica com exclusividade oito fotos nas quais são vistos diferentes elementos do explosivo, do detonador a uma bateria, passando por fragmentos de uma mochila azul, pedaços de metal e de parafusos.

Estes elementos, analisados por pessoas especializadas em manejo de explosivos, e que foram consultadas pelo The New York Times, permitem deduzir que a bomba era "potente, dotada de uma carga ultrarrápida e que o projétil foi colocado com cuidado e metodicamente" para causar o maior dano possível.

A bomba era suficientemente potente para impulsionar o tórax do suicida para longe da explosão e causar a devastação em um grande semicírculo, onde estava a maioria das vítimas, segundo o jornal.

A publicação insiste no fato de que a bomba tinha um detonador pouco comum, com um pequeno circuito impresso e não um simples interruptor, como costumar ser. Isso poderia sugerir que havia um retardador, um receptor para ativá-lo à distância, ou uma combinação de ambos.

Segundo especialistas questionados pelo NYT, esta possível redundância poderia ter sido instalada para dar diferentes opções que permitiriam ativar o explosivo pelo suicida ou pela célula que planejou o atentado.

O dispositivo também contava com uma bateria mais potente do que as utilizadas normalmente para este tipo de artefato.

Todos estes sinais poderiam ser um indício de que "o artífice tinha dificuldades de fabricar um detonador confiável".

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasExplosõesReino UnidoThe New York Times

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame