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Boca de urna aponta vitória do populista Borisov na Bulgária

Pesquisas de boca de urna mostram que Boiko Borisov desponta como o vencedor das eleições legislativas antecipadas realizadas neste domingo na Bulgária

Boiko Borisov: Partido de Borisov, Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB) somou cerca de 30% dos votos depositados, entre três e seis pontos na frente do Partido Socialista (Reuters/Stoyan Nenov)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Sófia - O ex-primeiro-ministro búlgaro, o populista Boiko Borisov, desponta como o vencedor das eleições legislativas antecipadas realizadas neste domingo na Bulgária, segundo as primeiras pesquisas de boca de urna.

De acordo com as mesmas, a formação conservadora Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB) somou cerca de 30% dos votos depositados, entre três e seis pontos na frente do Partido Socialista.

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Outros dois partidos superariam o o número mínimo de 4% para entrar no Parlamento de 240 cadeiras, o partido da minoria turca DPS, com cerca de 10%, e o ultranacionalista Ataka, com entre 7 e 8%.

Se forem confirmadas essas porcentagens de votos, o instituto demoscópico Alpha Research calcula que os conservadores alcançariam 97 deputados, mais do que as 85 cadeiras dos socialistas, enquanto o DPS teria 34 representantes e o Ataka 24.

Borisov se viu obrigado a renunciar em fevereiro pelas manifestações populares, mas nem as criticadas políticas de austeridade e nem os vários escândalos dos últimos meses impediram a vitória deste antigo guarda-costas e carateca apelidado de 'Batman', mas no entanto obteve nove pontos a menos que no pleito de 2009.

Se for cumprida a projeção das pesquisas, os conservadores não contariam com uma maioria de Governo, o que abriria uma difícil negociação para uma coalizão dadas as diferenças entre todas as formações com representação parlamentar.

Logo após conhecer estas projeções, cerca de 100 cidadãos se concentraram no centro de Sófia para protestar contra a vitória conservadora, que consideram fraudulenta, segundo a imprensa local.

A apatia dos eleitores e sua desilusão com a classe política foi notada em uma campanha que também esteve no centro de um escândalo de escutas ilegais e acusações de fraude entre os partidos.

Devido a isso, é esperada uma participação inclusive abaixo de 50%.

Na Bulgária, o país mais pobre da União Europeia, com um salário médio de 350 euros mensais, os altos preços da eletricidade e do gás em pleno inverno foram o detonante para a ira popular que derrubou o Governo em fevereiro.

Segundo os últimos dados do Eurostat, 22% dos 7,3 milhões de habitantes do país vivem com o salário mínimo de 155 euros, enquanto quase metade da população - 49%- corre o risco de cair na pobreza. EFE

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