BNDES aprova financiamento de R$22,5 bi para Belo Monte
O empréstimo é o maior já aprovado na história do banco
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2012 às 17h27.
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de 22,5 bilhões de reais para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, informou a instituição nesta segunda-feira.
O financiamento é de longe o maior já concedido pelo BNDES a um projeto. O banco aprovou anteriormente desembolsos de cerca de 10 bilhões de reais para a Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras, e de 9,5 bilhões para a usina de Jirau, no Rio Madeira.
Belo Monte, um polêmico projeto no rio Xingu com previsão de gerar um terço da expansão de capacidade do país para 2015 a 2019, demanda investimentos totais de 28,9 bilhões de reais pelo consórcio responsável Norte Energia.
Do total do financiamento aprovado, 2,9 bilhões de reais já foram liberados pelo BNDES por meio de dois empréstimos-ponte.
Além disso, deste total, 9 bilhões de reais serão repassados por dois agentes financeiros, sendo eles a Caixa Econômica Federal, que irá repassar 7 bilhões de reais, e o BTG Pactual, com 2 bilhões de reais.
O financiamento inclui 3,7 bilhões de reais para a Norte Energia, que serão usados para a compra de equipamentos dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Além dos recursos do BNDES e dos acionistas, está prevista a emissão de debêntures de infraestrutura no valor de 500 milhões de reais para financiar o projeto.
Com previsão de área alagada de 516 quilômetros quadrados em área próxima a comunidades indígenas, o projeto de 11,2 mil megawatts tem sido alvo de protestos no mundo inteiro.
"O BNDES já havia se comprometido a financiar esse projeto na ocasião do leilão... acredito que não haja grande surpresa porque já havia essa expectativa", afirmou a jornalistas o diretor de Infraestrutura do banco, Roberto Zurli, ao ser indagado sobre a possibilidade de a aprovação de um empréstimo tão elevado provocar manifestações contra a instituição.
O empréstimo do banco de fomento inclui apoio aos investimentos necessários para mitigar os impactos sociais e ambientais da construção da usina na região. Uma parcela de 3,2 bilhões de reais do total a ser financiado será direcionada, segundo o banco, a ações ambientais e sociais.
O início de operação de Belo Monte está previsto para fevereiro de 2015 e a última das 24 turbinas está prevista para funcionar em janeiro de 2019, segundo BNDES.
"As condições do BNDES favorecem modicidade tarifária... a condição financeira do BNDES favorece uma tarifa menor, da qual toda a sociedade se beneficia", justificou o superintendente da área de Infraestrutura do BNDES, Nelson Siffert.
O financiamento aprovado a Belo Monte equivale a quase todo o montante que será liberado pelo banco de fomento à área de infraestrutura que inclui financiamento para transporte e energia. Segundo Siffert, o banco deve liberar neste ano 23,5 bilhões de reais para a área de infraestrutura desses segmentos, excluindo metrô.
Para todo o setor de infraestrutura, que inclui também operações de telecomunicações e equipamentos, a previsão é fechar o ano com desembolsos de 60 bilhões de reais.
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de 22,5 bilhões de reais para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, informou a instituição nesta segunda-feira.
O financiamento é de longe o maior já concedido pelo BNDES a um projeto. O banco aprovou anteriormente desembolsos de cerca de 10 bilhões de reais para a Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras, e de 9,5 bilhões para a usina de Jirau, no Rio Madeira.
Belo Monte, um polêmico projeto no rio Xingu com previsão de gerar um terço da expansão de capacidade do país para 2015 a 2019, demanda investimentos totais de 28,9 bilhões de reais pelo consórcio responsável Norte Energia.
Do total do financiamento aprovado, 2,9 bilhões de reais já foram liberados pelo BNDES por meio de dois empréstimos-ponte.
Além disso, deste total, 9 bilhões de reais serão repassados por dois agentes financeiros, sendo eles a Caixa Econômica Federal, que irá repassar 7 bilhões de reais, e o BTG Pactual, com 2 bilhões de reais.
O financiamento inclui 3,7 bilhões de reais para a Norte Energia, que serão usados para a compra de equipamentos dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Além dos recursos do BNDES e dos acionistas, está prevista a emissão de debêntures de infraestrutura no valor de 500 milhões de reais para financiar o projeto.
Com previsão de área alagada de 516 quilômetros quadrados em área próxima a comunidades indígenas, o projeto de 11,2 mil megawatts tem sido alvo de protestos no mundo inteiro.
"O BNDES já havia se comprometido a financiar esse projeto na ocasião do leilão... acredito que não haja grande surpresa porque já havia essa expectativa", afirmou a jornalistas o diretor de Infraestrutura do banco, Roberto Zurli, ao ser indagado sobre a possibilidade de a aprovação de um empréstimo tão elevado provocar manifestações contra a instituição.
O empréstimo do banco de fomento inclui apoio aos investimentos necessários para mitigar os impactos sociais e ambientais da construção da usina na região. Uma parcela de 3,2 bilhões de reais do total a ser financiado será direcionada, segundo o banco, a ações ambientais e sociais.
O início de operação de Belo Monte está previsto para fevereiro de 2015 e a última das 24 turbinas está prevista para funcionar em janeiro de 2019, segundo BNDES.
"As condições do BNDES favorecem modicidade tarifária... a condição financeira do BNDES favorece uma tarifa menor, da qual toda a sociedade se beneficia", justificou o superintendente da área de Infraestrutura do BNDES, Nelson Siffert.
O financiamento aprovado a Belo Monte equivale a quase todo o montante que será liberado pelo banco de fomento à área de infraestrutura que inclui financiamento para transporte e energia. Segundo Siffert, o banco deve liberar neste ano 23,5 bilhões de reais para a área de infraestrutura desses segmentos, excluindo metrô.
Para todo o setor de infraestrutura, que inclui também operações de telecomunicações e equipamentos, a previsão é fechar o ano com desembolsos de 60 bilhões de reais.