Pagamento a Platini foi acordo de cavalheiros, diz Blatter
Blatter autorizou o pagamento a Platini de dois milhões de francos suíços em 2011, sem qualquer documentação que o justifique
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2015 às 14h44.
Zurique - Joseph Blatter confirmou que não fez um contrato por escrito sobre o milionário pagamento a Michel Platini, que levou o Comitê de Ética da Fifa a suspender ambos, e disse que tudo foi feito com um "acordo de cavalheiros".
Blatter falou pela primeira vez sobre a transação desde que foi suspenso por 90 dias da presidência da Fifa, enquanto o comitê de ética da entidade realiza uma investigação sobre o assunto. As autoridades suíças também estão investigando o pagamento.
"Eu só quero dizer: nunca coloquei alguém em desvantagem, jamais roubei alguma coisa, não sou um assassino", disse Blatter em uma entrevista para o canal de TV suíço RROTV, exibida nesta sexta-feira. "A comissão de ética (da Fifa) não tratou com suficiente cuidado do caso de Michel Platini e Joseph Blatter".
Blatter autorizou o pagamento a Platini de dois milhões de francos suíços em 2011, sem qualquer documentação que o justifique. Platini disse que o dinheiro foi por salários não pagos de trabalhos como consultor de Blatter entre 1998 e 2002, também alegando que a Fifa não tinha condições de realizar os pagamentos antes.
"Esse foi um contrato que eu tinha com Platini, um acordo de cavalheiros e isso foi o que aconteceu", disse Blatter. "Mas eu não posso dar detalhes do caso, porque está sendo investigado por dois fóruns".
Blatter disse que o comitê de ética deveria ter esperado para ver se era indiciado na investigação criminal antes de tomar medidas contra ele. As autoridades suíças questionaram Blatter como suspeito no caso, enquanto Platini tem sido tratado como testemunha e suspeito. "O que realmente dói é o viés da imprensa", disse.
Issa Hayatou substituiu Blatter e assumiu o cargo de presidente interino, mas o suíço, de 79 anos, espera voltar ao poder para presidir o congresso de 26 de fevereiro, quando seu sucessor será eleito. "Meu objetivo é dirigir o congresso em fevereiro", disse. "Eu não posso escapar, não posso me esconder, essa não é minha personalidade".
Blatter foi reeleito para um quinto mandato em maio, mas quatro dias depois anunciou que iria deixar o cargo em meio a investigações criminais envolvendo membros da Fifa e também em razão da pressão dos patrocinadores.
"Honestamente, eu tenho que dizer que agora estou bem", disse. "Porque embora tenha sido difícil aceitar a decisão (de suspendê-lo), ao mesmo tempo me liberou. Agora estou desempregado e eu posso cuidar um pouco de mim. Analisei o que passou até agora na minha vida e como posso seguir adiante".
Zurique - Joseph Blatter confirmou que não fez um contrato por escrito sobre o milionário pagamento a Michel Platini, que levou o Comitê de Ética da Fifa a suspender ambos, e disse que tudo foi feito com um "acordo de cavalheiros".
Blatter falou pela primeira vez sobre a transação desde que foi suspenso por 90 dias da presidência da Fifa, enquanto o comitê de ética da entidade realiza uma investigação sobre o assunto. As autoridades suíças também estão investigando o pagamento.
"Eu só quero dizer: nunca coloquei alguém em desvantagem, jamais roubei alguma coisa, não sou um assassino", disse Blatter em uma entrevista para o canal de TV suíço RROTV, exibida nesta sexta-feira. "A comissão de ética (da Fifa) não tratou com suficiente cuidado do caso de Michel Platini e Joseph Blatter".
Blatter autorizou o pagamento a Platini de dois milhões de francos suíços em 2011, sem qualquer documentação que o justifique. Platini disse que o dinheiro foi por salários não pagos de trabalhos como consultor de Blatter entre 1998 e 2002, também alegando que a Fifa não tinha condições de realizar os pagamentos antes.
"Esse foi um contrato que eu tinha com Platini, um acordo de cavalheiros e isso foi o que aconteceu", disse Blatter. "Mas eu não posso dar detalhes do caso, porque está sendo investigado por dois fóruns".
Blatter disse que o comitê de ética deveria ter esperado para ver se era indiciado na investigação criminal antes de tomar medidas contra ele. As autoridades suíças questionaram Blatter como suspeito no caso, enquanto Platini tem sido tratado como testemunha e suspeito. "O que realmente dói é o viés da imprensa", disse.
Issa Hayatou substituiu Blatter e assumiu o cargo de presidente interino, mas o suíço, de 79 anos, espera voltar ao poder para presidir o congresso de 26 de fevereiro, quando seu sucessor será eleito. "Meu objetivo é dirigir o congresso em fevereiro", disse. "Eu não posso escapar, não posso me esconder, essa não é minha personalidade".
Blatter foi reeleito para um quinto mandato em maio, mas quatro dias depois anunciou que iria deixar o cargo em meio a investigações criminais envolvendo membros da Fifa e também em razão da pressão dos patrocinadores.
"Honestamente, eu tenho que dizer que agora estou bem", disse. "Porque embora tenha sido difícil aceitar a decisão (de suspendê-lo), ao mesmo tempo me liberou. Agora estou desempregado e eu posso cuidar um pouco de mim. Analisei o que passou até agora na minha vida e como posso seguir adiante".