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Bielorrússia e Líbano no centro de reunião na União Europeia

Sanções podem ser aplicadas ao país do leste europeu. Ajuda humanitária chega ao Líbano para aliviar a situação de 300 mil desabrigados

PROTESTO NA BIELORRÚSSIA: cinco dias de manifestações com forte repressão da polícia geraram críticas da União Europeia (Vasily Fedosenko/Reuters)
FS

Fabiane Stefano

Publicado em 14 de agosto de 2020 às 06h43.

Última atualização em 14 de agosto de 2020 às 08h14.

Uma reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia ocorre nesta sexta-feira, 14, para tratar das eleições na Bielorrússia e da megaexplosão no porto de Beirute, que matou pelo menos 171 pessoas no Líbano .

Após as eleições do presidente Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, protestos tomaram as ruas da capital Minsk e a candidata da oposição unificada, Svetlana Tikhanovskaya, fugiu do país.

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Em uma declaração conjunta dos 27 Estados-membros, a EU denunciou que as eleições presidenciais na Bielorrússia não foram “nem livres e nem justas” e ameaçou adotar sanções contra os responsáveis pela violência exercida contra manifestantes.

"Procederemos a uma revisão aprofundada das relações da UE com a Bielorrússia. Poderá implicar, entre outras, a adoção de medidas contra os responsáveis pela violência registradas das detenções injustificadas e da falsificação dos resultados das eleições", anunciaram em comunicado os 27 países.

A reunião desta sexta-feira é resultado de vários pedidos para a realização de um encontro extraordinário dos chefes da diplomacia da EU, antes da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros, agendada para 27 e 28 de agosto, em Berlim.

As relações da União Europeia com a Bielorrússia tinham melhorado desde a libertação de presos políticos em 2015. Mas a falta de progressos em temas como os direitos humanos ou o Estado de direito tornaram essa aproximação recente cada vez mais frágil.

A situação do Líbano também será tratada pela reunião extraordinária da UE. O país enfrenta o aprofundamento da crise política em decorrência das explosões do dia 4, o que levou o primeiro-ministro Hassan Dib a pedir demissão.

Na quarta-feira, 12, o presidente do Líbano, Michel Aoun, afirmou em redes sociais que havia sido informado em julho sobre um depósito com grandes quantidades de nitrato de amônio estocadas no porto de Beirute. Com mais da metade da capital destruída, uma onda global de ajuda humanitária tem levado auxílio aos 300 mil desabrigados.

O ex-presidente Michel Temer chegou na quinta-feira, 13, no Líbano, liderando uma comitiva de parlamentares, diplomatas e empresários. Na missão composta por duas aeronaves da FAB, o Brasil enviou seis toneladas de doações, o que inclui medicamentos, insumo e equipamentos médico-hospitalares. Por via marítima, serão enviadas 4 mil toneladas de arroz para ajudar a recompor os estoques de alimentos do país afetados pela explosão no porto.

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