Biden espera cessar-fogo de 40 dias entre Israel e Hamas até a próxima segunda-feira
Expectativa é que o conflito seja cessado durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa no dia 10 de março
Redatora
Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 05h36.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 07h47.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Israel concordou em interromper as atividades militares na Faixa de Gaza durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa no dia 10 de março. Além disso, ele diz que a expectativa é que haja um cessar-fogo no conflito até a próxima segunda-feira, 3.
"O Ramadã está chegando, e houve um acordo por parte dos israelenses de que eles não se envolveriam em atividades durante o Ramadã, também, para nos dar tempo de retirar todos os reféns", disse Biden durante uma aparição no programa "Late Night with Seth Meyers" da emissora norte-americana NBC.
O Hamas está analisando uma proposta de cessar-fogo que inclui uma pausa nos combates por 40 dias e uma troca de reféns. Segundo fontes da agência de notícias Reuters, as negociações envolvem a reparação de hospitais em Gaza, e a entrada de 500 caminhões de ajuda humanitária.
Sob a proposta preliminar, a troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses seria na proporção de 10 para um. O rascunho também afirma que o Hamas libertaria 40 reféns israelenses, incluindo mulheres, crianças menores de 19 anos, idosos com mais de 50 anos e doentes, enquanto Israel libertaria cerca de 400 prisioneiros palestinos e não os prenderia novamente.
O presidente também disse que Israel se comprometeu a permitir que os palestinos evacuassem Rafah, no sul de Gaza, antes de intensificar sua campanha para destruir o Hamas. Mais de um milhão de pessoas deslocadas estão abrigadas na região.
Segundo Biden, Israel corre o risco de perder o apoio internacional devido ao alto número de mortes entre os palestinos. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou uma solução de dois estados.