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Berlusconi pede que Itália não se leve pelo nervosismo do mercado

Prêmio do risco da dívida pública italiana alcançou um novo recorde de alta; primeiro-ministro fez um pronunciamento na Câmara

Sílvio Berlusconi fez um pronunciamento no parlamento para acalmar o mercado (Giorgio Cosulich/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 14h00.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, pediu nesta quarta-feira que o país não se deixe levar pelo nervosismo dos mercados, nos quais o prêmio do risco da dívida pública italiana marcou nesta quarta-feira um novo recorde ao alcançar os 390 pontos básicos.

Em discurso na Câmara dos Deputados, Berlusconi insistiu na solidez da política e da economia italiana e na adequação do plano de ajuste orçamentário de 79 bilhões de euros, aprovado em 15 de julho pelo Parlamento com uma tramitação mais breve diante das pressões dos mercados.

"A situação à qual temos de enfrentar é consequência direta de uma crise de confiança, que tem de ser enfrentada com coerência e firmeza, sem nos deixar levar pelo nervosismo dos mercados", afirmou o chefe do Executivo italiano.

"Temos bases econômicas sólidas. Nossos bancos têm liquidez, são sólidos e superaram os testes de estresse europeus", acrescentou o líder.

O primeiro-ministro da Itália referiu-se aos temores dos mercados diante da incerta recuperação da economia mundial, principalmente em países como os Estados Unidos e Japão, como centro do atual nervosismo, que não só afetou à dívida italiana, mas também outros países da União Europeia (UE).

"Como ocorre frequentemente nas crises de confiança, os mercados não avaliaram nossa solidez, não consideraram a solidez de nosso sistema bancário, as condições patrimoniais das famílias", indicou.

"Os bancos italianos - acrescentou - estão bem capitalizados, em condições de satisfazer às exigências financeiras das famílias e apoiar a recuperação. Além disso, o crescimento do crédito ao setor privado é superior ao de outros países. As quedas das ações de nossos bancos são absolutamente excessivas".

O chefe do Governo italiano, quem compareceu diante da Câmara dos Deputados duas horas depois do previsto para esperar o fechamento dos mercados, apresentou-se como empresário que sabe bem do que fala porque tem três empresas cotadas na bolsa de valores e que sofrem a incerteza dos investidores.

Berlusconi, quem se mostrou disposto a esgotar seu mandato em 2013, disse que seu Governo não é "surdo" às propostas da oposição e que todos os partidos italianos devem trabalhar unidos para conseguir um maior crescimento econômico e a "estabilidade" das contas públicas, porque essa é o "arma contra a especulação".

"Nos 20 meses que nos separam das eleições, o Governo manterá uma agenda de intervenções para apoiar o crescimento e o desenvolvimento. Aos italianos, dizemos que o Governo está pronto para fazer o que lhe cabe. Temos o desejo sincero e concreto de entregar aos italianos um país mais forte", comentou.

Nesta quinta-feira está prevista uma reunião do Governo, com sindicatos e a patronal para abordar a situação econômica, diante da qual Berlusconi colocou nesta quarta-feira a necessidade de uma reforma trabalhista na Itália, país que conta com uma dívida pública superior a 120% do PIB e cujo crescimento econômico se estagnou em 0,1% no último trimestre do ano passado e o primeiro de 2011.

O primeiro-ministro da Itália propôs uma "forte" redução do número dos carros oficiais e a equiparação dos salários dos cargos com os de seus colegas europeus como medidas não incluídas em seu último plano de ajuste que podem reduzir em um futuro as despesas do Estado e alcançar o objetivo de equilíbrio orçamentário em 2014.

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Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, pediu nesta quarta-feira que o país não se deixe levar pelo nervosismo dos mercados, nos quais o prêmio do risco da dívida pública italiana marcou nesta quarta-feira um novo recorde ao alcançar os 390 pontos básicos.

Em discurso na Câmara dos Deputados, Berlusconi insistiu na solidez da política e da economia italiana e na adequação do plano de ajuste orçamentário de 79 bilhões de euros, aprovado em 15 de julho pelo Parlamento com uma tramitação mais breve diante das pressões dos mercados.

"A situação à qual temos de enfrentar é consequência direta de uma crise de confiança, que tem de ser enfrentada com coerência e firmeza, sem nos deixar levar pelo nervosismo dos mercados", afirmou o chefe do Executivo italiano.

"Temos bases econômicas sólidas. Nossos bancos têm liquidez, são sólidos e superaram os testes de estresse europeus", acrescentou o líder.

O primeiro-ministro da Itália referiu-se aos temores dos mercados diante da incerta recuperação da economia mundial, principalmente em países como os Estados Unidos e Japão, como centro do atual nervosismo, que não só afetou à dívida italiana, mas também outros países da União Europeia (UE).

"Como ocorre frequentemente nas crises de confiança, os mercados não avaliaram nossa solidez, não consideraram a solidez de nosso sistema bancário, as condições patrimoniais das famílias", indicou.

"Os bancos italianos - acrescentou - estão bem capitalizados, em condições de satisfazer às exigências financeiras das famílias e apoiar a recuperação. Além disso, o crescimento do crédito ao setor privado é superior ao de outros países. As quedas das ações de nossos bancos são absolutamente excessivas".

O chefe do Governo italiano, quem compareceu diante da Câmara dos Deputados duas horas depois do previsto para esperar o fechamento dos mercados, apresentou-se como empresário que sabe bem do que fala porque tem três empresas cotadas na bolsa de valores e que sofrem a incerteza dos investidores.

Berlusconi, quem se mostrou disposto a esgotar seu mandato em 2013, disse que seu Governo não é "surdo" às propostas da oposição e que todos os partidos italianos devem trabalhar unidos para conseguir um maior crescimento econômico e a "estabilidade" das contas públicas, porque essa é o "arma contra a especulação".

"Nos 20 meses que nos separam das eleições, o Governo manterá uma agenda de intervenções para apoiar o crescimento e o desenvolvimento. Aos italianos, dizemos que o Governo está pronto para fazer o que lhe cabe. Temos o desejo sincero e concreto de entregar aos italianos um país mais forte", comentou.

Nesta quinta-feira está prevista uma reunião do Governo, com sindicatos e a patronal para abordar a situação econômica, diante da qual Berlusconi colocou nesta quarta-feira a necessidade de uma reforma trabalhista na Itália, país que conta com uma dívida pública superior a 120% do PIB e cujo crescimento econômico se estagnou em 0,1% no último trimestre do ano passado e o primeiro de 2011.

O primeiro-ministro da Itália propôs uma "forte" redução do número dos carros oficiais e a equiparação dos salários dos cargos com os de seus colegas europeus como medidas não incluídas em seu último plano de ajuste que podem reduzir em um futuro as despesas do Estado e alcançar o objetivo de equilíbrio orçamentário em 2014.

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