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Bangladesh condena dirigente islamita à morte

Um alto dirigente do maior partido islamita de Bangladesh foi condenado à morte por atos de violência cometidos durante a luta pela independência

Abdul Quader Molla faz sinal de vitória ao andar com policiais: Supremo revisou a pena inicial de Abdul Quader Molla, dirigente do partido Jamaat-e-Islami, que era de prisão perpétua (AFP)

Abdul Quader Molla faz sinal de vitória ao andar com policiais: Supremo revisou a pena inicial de Abdul Quader Molla, dirigente do partido Jamaat-e-Islami, que era de prisão perpétua (AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 11h40.

Dacca - Um alto dirigente do maior partido islamita de Bangladesh foi condenado à morte nesta terça-feira pelo Supremo Tribunal por atos de violência cometidos durante a luta pela independência.

O Supremo revisou a pena inicial de Abdul Quader Molla, dirigente do partido Jamaat-e-Islami, que era de prisão perpétua. O veredicto havia sido pronunciado em fevereiro pelo controverso "Tribunal Internacional de Crimes" (ICT).

"Estamos desconcertados com este veredicto. Esta é a primeira vez na história judicial do sul da Ásia que um Supremo Tribunal aumenta uma pena de primeira instância", afirmou o advogado Tajul Islam.

A condenação à prisão perpétua de fevereiro provocou manifestações violentas. Dezenas de milhares de opositores do partido islamita saíram às ruas para pedir a execução de Quader Molla.

Várias decisões posteriores do tribunal, que condenou à pena capital outros dirigentes do partido islamita, provocaram a revolta dos islamitas e levaram a meses de violência que deixaram mais de 100 mortos em confrontos com a polícia.

Durante a intervenção da Índia ao final do conflito de 1971, que provocou a derrota iminente do Paquistão, as milícias pró-Islamabad massacraram dezenas de professores, cineastas, médicos e jornalistas.

O ICT foi criado em março de 2010 pelo governo, que considera necessários os processos para cicatrizar as consequências da guerra da independência.

Mas o Jamaat-e-Islami acusa o governo de ter criado este tribunal - que apesar do nome não tem supervisão de instituições internacionais - por motivos políticos, já que a maioria dos acusados pertence à oposição.

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