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Banco Mundial vai ajudar América Latina a se adaptar e combater mudanças climáticas

As mudanças climáticas já causam danos econômicos na região, ao aumentarem a frequência e intensidade dos fenômenos meteorológicos extremos

A América Latina e o Caribe geram apenas 8% das emissões de gases do efeito estufa (DANIEL SLIM/Getty Images)
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AFP

Publicado em 15 de setembro de 2022 às 09h35.

O Banco Mundial irá ajudar a América Latina e o Caribe a enfrentar a crise climática promovendo estratégias de adaptação e combate ao fenômeno, segundo um projeto apresentado nesta quarta-feira.

A América Latina e o Caribe geram apenas 8% das emissões de gases do efeito estufa em todo o mundo, mas esse percentual pode aumentar se não forem tomadas medidas, alertou o banco.

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As mudanças climáticas já causam danos econômicos na região, ao aumentarem a frequência e intensidade dos fenômenos meteorológicos extremos. Também ameaçam arrastar entre 2,4 milhões e 5,8 milhões de pessoas para a pobreza extrema nessa parte do mundo até 2030, assinala o informe.

Os danos em infraestrutura causados por esses fenômenos custam mais de 1% do PIB à região e até 2% do PIB anual em vários países da América Central, como República Dominicana, Nicarágua e Panamá.

As mudanças climáticas têm impacto negativo na maioria dos cultivos, afetando a segurança alimentar. Como exemplo, o banco aponta que as secas poderiam causar perdas de rendimento da soja de até 50% na Argentina até 2050.

Da mesma forma, elas provocam déficits pluviométricos gravíssimos no Caribe, modificam os ecossistemas marítimos e fazem com que as florestas sequem. Na bacia do Amazonas, a floresta poderia se converter em savana devido à combinação de mudanças climáticas e desmatamento.

Diante desse panorama, o banco propõe a criação de estratégias de longo prazo baseadas em seu Plano de Ação Climática 2021-2025, que fixou o objetivo de destinar em média 35% dos empréstimos ao financiamento de questões climáticas por cinco anos.

Na América Latina e no Caribe, o foco está na adaptação, "em uma resiliência a longo prazo" para "sair da frequência e intensidade dos efeitos extremos" e não ter prejuízos econômicos descomunais, declarou em entrevista coletiva Ana Bucher, especialista em Meio Ambiente do Banco Mundial.

As prioridades do banco na região em matéria climática são a agricultura, os sistemas alimentares, a energia, o transporte e as cidades. Sem uma ação concertada, mais de 17 mil pessoas da região poderiam ser obrigadas a se deslocar até 2050, o que poderia aumentar a população urbana em até 10%, estima o informe.

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