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Ban diz que perseguição no Iraque é crime contra humanidade

Secretário-geral da ONU condenou neste domingo a "perseguição sistemática" de minorias étnicas e religiosas em Mossul pelos jihadistas do Estado Islâmico

Jihadistas do EIIL mascarados em Mossul: para secretário geral da ONU, perseguição de minorias são "repugnantes" (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2014 às 15h43.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, condenou neste domingo a "perseguição sistemática" à qual estão sendo submetidas as minorias étnicas e religiosas na cidade iraquiana de Mossul pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) e advertiu que pode representar um crime contra a humanidade.

Em comunicado de seu porta-voz, Ban se referiu às ameaças que sofrem os cristãos na cidade, a segunda maior do Iraque , e em outras áreas controladas pelo EI, que ameaçou matar os que não se transformassem ou fugissem.

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"Igualmente repugnantes são as informações que turcomanos, yazidis e shabaks estão enfrentando sequestros, assassinatos e a destruição de suas propriedades, e que as casas de cristãos , xiitas e shabaks de Mossul foram marcadas", acrescentou.

Ban lamentou que 'no curso de poucas semanas, comunidades minoritárias que viveram juntas durante milhares de anos em Mossul e na província de Ninawa sofreram ataques diretos e perseguição por parte do EI e grupos armados vinculados'.

"Dezenas de milhares de membros destes grupos étnicos e religiosos minoritários foram deslocados ou obrigados a fugir e buscar refúgio, enquanto muitos outros foram executados e sequestrados", denunciou o diplomata coreano.

Ban lembrou que qualquer ataque sistemático contra a população civil por sua origem ou suas crenças pode constituir um crime pela humanidade, pelo qual os autores deverão responder.

"Todos os grupos armados, incluídos o EI e seus parceiros, devem respeitar a lei humanitária internacional e proteger os civis nas áreas que controlam", ressaltou.

Além disso, Ban assegurou que a ONU continuará intensificando seus esforços em cooperação com o governo iraquiano e as autoridades regionais do Curdistão para dar resposta às 'urgentes necessidades humanitárias dos deslocados pelo conflito e a ameaça terrorista'.

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