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Ban abre Assembleia com pedido para fim da guerra síria

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, iniciou debates da Assembleia Geral com nova chamada para conseguir saída pacífica para a guerra na Síria

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: "uma vitória militar na Síria é uma ilusão", disse (Andrew Burton/Pool/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 12h48.

Nações Unidas -O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, inaugurou nesta terça-feira os debates da 68ª sessão da Assembleia Geral com um novo apelo à comunidade internacional para conseguir uma saída pacífica para a guerra na Síria .

"Uma vitória militar na Síria é uma ilusão. A única resposta é um acordo político", disse o secretário-geral na Assembleia, em que discursaram a presidente Dilma Rousseff e seu colega americano, Barack Obama, entre outros líderes.

Ban disse que "já é hora de pôr fim ao derramamento de sangue" e alcançar a paz que os sírios merecem, além de acrescentar que a comunidade internacional não pode ficar satisfeita com o acordo sobre arsenais químicos enquanto a guerra segue destruindo a Síria.

O secretário-geral acrescentou em seu discurso que espera a adoção "iminente" de uma resolução sobre o uso de armas químicas na Síria por parte do Conselho de Segurança, que seja de obrigatório cumprimento.

Ban lembrou que a maioria das atrocidades desde a explosão no conflito da Síria há mais de dois anos e meio foram cometidas com armas convencionais, por isso que apelou a todos os países que deixem de "alimentar" o derramamento de sangue.

Além disso, o secretário-geral fez uma chamada ao Governo sírio e aos rebeldes da oposição para que cumpram suas obrigações sob o direito internacional e permitam o acesso da ajuda humanitária para atender às vítimas.

Como já disse em outras ocasiões, Ban ressaltou que é "vital" que os responsáveis por estes "graves crimes" sejam levados perante "perante o Tribunal Penal Internacional ou através de outras vias consistentes com as leis internacionais".


"A resposta ao uso atroz das armas químicas na Síria impulsionou a diplomacia, o primeiro sinal de unidade em muito tempo. Por isso agora devemos aproveitá-lo para que as partes sentem para negociar", acrescentou o secretário-geral.

Neste contexto, Ban fez uma chamada ao regime de Bashar al-Assad e à opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS) - e a todos os países que exerçam sua influência sobre as partes - para que a conferência internacional de Genebra "seja uma realidade".

"Já é hora de colocar fim nas atrocidades e alcançar a paz que os sírios merecem", acrescentou o secretário-geral, em discurso no qual também fez menção à grave crise humanitária vivida pelo país árabe.

Por outro lado, garatiu que as transições "históricas" no Oriente Médio e no Norte da África estão perdendo o rumo ou freando, e que s "primaveras de oportunidades estão dando lugar a invernos de desilusão".

"Embora ainda ficam imensos desafios pela frente, a história da região ainda se está escrevendo", disse o secretário-geral.

Outra parte de seu discurso foi sobre o debate de sua nova agenda de desenvolvimento pós-2015, uma vez que se conclua a data para a consecução dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio fixados pela comunidade no ano 2000.

"O ano de 2015 é uma oportunidade histórica", disse Ban, que pediu uma agenda "inspiradora".

Sobre mudança climática, o secretário-geral lembrou que esta é uma "ameaça" para todos os avanços em matéria de desenvolvimento. O líder pediu os países a continuar trabalhando para aprovar um acordo legal ambiciososo através da Convenção sobre Mudança Climática.

Por último, lembrou aos etados-membros da ONU que devem se unir "não para preservar o status quo, mas para que o mundo siga avançando" para atender as reivindicações dos cidadãos das ruas e praças: "Demos poder as Nações Unidas".

*Matéria atualizada às 12h48

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Nações Unidas -O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, inaugurou nesta terça-feira os debates da 68ª sessão da Assembleia Geral com um novo apelo à comunidade internacional para conseguir uma saída pacífica para a guerra na Síria .

"Uma vitória militar na Síria é uma ilusão. A única resposta é um acordo político", disse o secretário-geral na Assembleia, em que discursaram a presidente Dilma Rousseff e seu colega americano, Barack Obama, entre outros líderes.

Ban disse que "já é hora de pôr fim ao derramamento de sangue" e alcançar a paz que os sírios merecem, além de acrescentar que a comunidade internacional não pode ficar satisfeita com o acordo sobre arsenais químicos enquanto a guerra segue destruindo a Síria.

O secretário-geral acrescentou em seu discurso que espera a adoção "iminente" de uma resolução sobre o uso de armas químicas na Síria por parte do Conselho de Segurança, que seja de obrigatório cumprimento.

Ban lembrou que a maioria das atrocidades desde a explosão no conflito da Síria há mais de dois anos e meio foram cometidas com armas convencionais, por isso que apelou a todos os países que deixem de "alimentar" o derramamento de sangue.

Além disso, o secretário-geral fez uma chamada ao Governo sírio e aos rebeldes da oposição para que cumpram suas obrigações sob o direito internacional e permitam o acesso da ajuda humanitária para atender às vítimas.

Como já disse em outras ocasiões, Ban ressaltou que é "vital" que os responsáveis por estes "graves crimes" sejam levados perante "perante o Tribunal Penal Internacional ou através de outras vias consistentes com as leis internacionais".


"A resposta ao uso atroz das armas químicas na Síria impulsionou a diplomacia, o primeiro sinal de unidade em muito tempo. Por isso agora devemos aproveitá-lo para que as partes sentem para negociar", acrescentou o secretário-geral.

Neste contexto, Ban fez uma chamada ao regime de Bashar al-Assad e à opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS) - e a todos os países que exerçam sua influência sobre as partes - para que a conferência internacional de Genebra "seja uma realidade".

"Já é hora de colocar fim nas atrocidades e alcançar a paz que os sírios merecem", acrescentou o secretário-geral, em discurso no qual também fez menção à grave crise humanitária vivida pelo país árabe.

Por outro lado, garatiu que as transições "históricas" no Oriente Médio e no Norte da África estão perdendo o rumo ou freando, e que s "primaveras de oportunidades estão dando lugar a invernos de desilusão".

"Embora ainda ficam imensos desafios pela frente, a história da região ainda se está escrevendo", disse o secretário-geral.

Outra parte de seu discurso foi sobre o debate de sua nova agenda de desenvolvimento pós-2015, uma vez que se conclua a data para a consecução dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio fixados pela comunidade no ano 2000.

"O ano de 2015 é uma oportunidade histórica", disse Ban, que pediu uma agenda "inspiradora".

Sobre mudança climática, o secretário-geral lembrou que esta é uma "ameaça" para todos os avanços em matéria de desenvolvimento. O líder pediu os países a continuar trabalhando para aprovar um acordo legal ambiciososo através da Convenção sobre Mudança Climática.

Por último, lembrou aos etados-membros da ONU que devem se unir "não para preservar o status quo, mas para que o mundo siga avançando" para atender as reivindicações dos cidadãos das ruas e praças: "Demos poder as Nações Unidas".

*Matéria atualizada às 12h48

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