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Baltimore começa a se recuperar de tumulto após enterro

Quinze edifícios e 144 veículos foram incendiados, e quase 200 pessoas foram presas, de acordo com a prefeitura

Manifestantes durante confronto com policiais em Baltimore: a violência pareceu ter pego de surpresa as autoridades da cidade e os líderes comunitários (Sait Serkan Gurbuz/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 12h27.

Baltimore - Os moradores de Baltimore começaram a limpar nesta terça-feira a destruição causada pelos tumultos e incêndios que irromperam após o enterro de um homem negro de 25 anos que morreu depois de sofrer danos na coluna vertebral quando estava sob custódia da polícia.

A fumaça ainda pairava sobre as ruas enquanto bombeiros corriam para conter os estragos resultantes da violência, que veio à tona a poucos quarteirões do funeral de Freddie Gray e se espalhou por boa parte da vizinhança pobre do oeste da cidade de Baltimore.

Quinze edifícios e 144 veículos foram incendiados, e quase 200 pessoas foram presas, de acordo com a prefeitura.

A polícia comunicou que 15 de seus efetivos ficaram feridos, seis deles gravemente, nos tumultos de domingo.

Saqueadores invadiram lojas, farmácias e um shopping center e confrontaram o batalhão de choque da polícia no distúrbio mais violento nos Estados Unidos desde que a cidade de Ferguson, no Missouri, foi vitimada por tiros e incêndios no final de 2014, motivados por um incidente semelhante.

A morte de Gray deu novo combustível à revolta popular do ano passado em consequência das mortes de negros desarmados por policiais em Ferguson, em Nova York e em outros locais.

Nesta terça-feira, em Baltimore, voluntários limpavam destroços chamuscados diante de uma farmácia à vista de dezenas de policiais com equipamento de choque, e os bombeiros procuravam molhar as brasas.

A violência pareceu ter pego de surpresa as autoridades da cidade e os líderes comunitários depois de uma semana de manifestações essencialmente pacíficas na esteira da morte de Gray no dia 19 de abril.

Soldados da Guarda Nacional começaram a se mobilizar na cidade nesta terça-feira, inclusive diante da delegacia para onde os policiais levaram Gray quando ele se feriu.

O governador do Estado de Maryland, o republicano Larry Hogan, declarou estado de emergência na segunda-feira e impôs um toque de recolher de uma semana na cidade de maioria negra a partir da noite desta terça-feira, abrindo exceções para trabalho e emergências médicas.

Rebatendo as críticas de que não reagiu rápido o suficiente aos acontecimentos da segunda-feira, a prefeita Stephanie Rawlings-Blake declarou à rede CNN:

“Este foi um incidente que surgiu esta tarde... acho que teria sido inadequado acionar a Guarda Nacional quando tínhamos a situação sob controle”.

Gray foi preso em 12 de abril enquanto fugia de policias. Ele foi transportado para a delegacia em um furgão, sem nenhum tipo de cinto de segurança ou proteção, e sofreu a lesão na coluna que levou à sua morte uma semana depois. Um advogado da família de Gray disse que sua coluna sofreu um rompimento de 80 por cento junto ao pescoço quando estava em custódia.

Seis policiais foram suspensos, e o Departamento de Estado dos EUA está investigando possíveis violações de direitos civis.

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Baltimore - Os moradores de Baltimore começaram a limpar nesta terça-feira a destruição causada pelos tumultos e incêndios que irromperam após o enterro de um homem negro de 25 anos que morreu depois de sofrer danos na coluna vertebral quando estava sob custódia da polícia.

A fumaça ainda pairava sobre as ruas enquanto bombeiros corriam para conter os estragos resultantes da violência, que veio à tona a poucos quarteirões do funeral de Freddie Gray e se espalhou por boa parte da vizinhança pobre do oeste da cidade de Baltimore.

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A polícia comunicou que 15 de seus efetivos ficaram feridos, seis deles gravemente, nos tumultos de domingo.

Saqueadores invadiram lojas, farmácias e um shopping center e confrontaram o batalhão de choque da polícia no distúrbio mais violento nos Estados Unidos desde que a cidade de Ferguson, no Missouri, foi vitimada por tiros e incêndios no final de 2014, motivados por um incidente semelhante.

A morte de Gray deu novo combustível à revolta popular do ano passado em consequência das mortes de negros desarmados por policiais em Ferguson, em Nova York e em outros locais.

Nesta terça-feira, em Baltimore, voluntários limpavam destroços chamuscados diante de uma farmácia à vista de dezenas de policiais com equipamento de choque, e os bombeiros procuravam molhar as brasas.

A violência pareceu ter pego de surpresa as autoridades da cidade e os líderes comunitários depois de uma semana de manifestações essencialmente pacíficas na esteira da morte de Gray no dia 19 de abril.

Soldados da Guarda Nacional começaram a se mobilizar na cidade nesta terça-feira, inclusive diante da delegacia para onde os policiais levaram Gray quando ele se feriu.

O governador do Estado de Maryland, o republicano Larry Hogan, declarou estado de emergência na segunda-feira e impôs um toque de recolher de uma semana na cidade de maioria negra a partir da noite desta terça-feira, abrindo exceções para trabalho e emergências médicas.

Rebatendo as críticas de que não reagiu rápido o suficiente aos acontecimentos da segunda-feira, a prefeita Stephanie Rawlings-Blake declarou à rede CNN:

“Este foi um incidente que surgiu esta tarde... acho que teria sido inadequado acionar a Guarda Nacional quando tínhamos a situação sob controle”.

Gray foi preso em 12 de abril enquanto fugia de policias. Ele foi transportado para a delegacia em um furgão, sem nenhum tipo de cinto de segurança ou proteção, e sofreu a lesão na coluna que levou à sua morte uma semana depois. Um advogado da família de Gray disse que sua coluna sofreu um rompimento de 80 por cento junto ao pescoço quando estava em custódia.

Seis policiais foram suspensos, e o Departamento de Estado dos EUA está investigando possíveis violações de direitos civis.

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