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Autoridades da Crimeia negam acesso aos observadores da OSCE

Autoridades pró-russas da Crimeia negaram acesso para um grupo de cerca de 30 observadores militares não armados da OSCE

Homem caminha com a bandeira da Rússia na Crimeia: militares não armados da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa estavam em dois ônibus (David Mdzinarishvili/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h24.

Viena - As autoridades pró-russas da Crimeia negaram acesso para um grupo de cerca de 30 observadores militares não armados da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), informou nesta quinta-feira a porta-voz da OSCE, Tatiana Baeva.

Em declarações à Agência Efe em Viena, onde se encontra a sede da organização, Tatiana relatou que os militares estavam a bordo de dois ônibus, ambos procedentes da cidade ucraniana de Odessa, quando foram impedidos de entrar na Crimeia.

Agora, o grupo de observadores se encontra na cidade de Kherson, ao norte da Crimeia, "onde estudam um plano de ação".

A pedido do novo governo da Ucrânia, um total de 22 países aderidos à OSCE autorizou nesta semana o envio de um total de 41 soldados desarmados para inspecionar a situação na Crimeia.

Entre esses países, se destacam alguns países membros da Otan , como os Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Turquia, que ofereceram, cada um, o envio de dois soldados.

O mandato deste contingente fica estabelecido no capítulo 3 do chamado "Documento de Viena", que permite receber de maneira voluntaria visitas "para tratar de atividades militares incomuns".

Nesta semana, Kiev havia pedido ao restante dos 56 países aderidos à OSCE que enviassem esse pessoal militar ao seu território entre os dias 5 e 12 de março, a começar pela cidade de Odessa.

Essa é a primeira vez que o mecanismo do "Documento de Viena" foi acionado.

Em paralelo, o governo dos EUA e seus aliados estão tentando impulsionar uma ampla missão de observadores, não só no campo militar, mas também para supervisionar a situação dos direitos humanos, das minorias ou da liberdade de imprensa, algo que poderia relaxar a tensão no terreno.

Enquanto o novo governo da Ucrânia pede o envio desses observadores, a Rússia já demonstrou seu ceticismo em relação à utilidade de uma missão na Crimeia.

Para um amplo mandato, com centenas de analistas, a OSCE necessita de uma decisão de consenso entre todos os estados membros, ou seja, também necessita do respaldo da Rússia e seus aliados mais próximos, como Belarus.

A OSCE, um organismo que tem suas origens na Guerra Fria, possui objetivo de prevenir conflitos e fomentar a democracia e o Estado de Direito.

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Viena - As autoridades pró-russas da Crimeia negaram acesso para um grupo de cerca de 30 observadores militares não armados da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), informou nesta quinta-feira a porta-voz da OSCE, Tatiana Baeva.

Em declarações à Agência Efe em Viena, onde se encontra a sede da organização, Tatiana relatou que os militares estavam a bordo de dois ônibus, ambos procedentes da cidade ucraniana de Odessa, quando foram impedidos de entrar na Crimeia.

Agora, o grupo de observadores se encontra na cidade de Kherson, ao norte da Crimeia, "onde estudam um plano de ação".

A pedido do novo governo da Ucrânia, um total de 22 países aderidos à OSCE autorizou nesta semana o envio de um total de 41 soldados desarmados para inspecionar a situação na Crimeia.

Entre esses países, se destacam alguns países membros da Otan , como os Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Turquia, que ofereceram, cada um, o envio de dois soldados.

O mandato deste contingente fica estabelecido no capítulo 3 do chamado "Documento de Viena", que permite receber de maneira voluntaria visitas "para tratar de atividades militares incomuns".

Nesta semana, Kiev havia pedido ao restante dos 56 países aderidos à OSCE que enviassem esse pessoal militar ao seu território entre os dias 5 e 12 de março, a começar pela cidade de Odessa.

Essa é a primeira vez que o mecanismo do "Documento de Viena" foi acionado.

Em paralelo, o governo dos EUA e seus aliados estão tentando impulsionar uma ampla missão de observadores, não só no campo militar, mas também para supervisionar a situação dos direitos humanos, das minorias ou da liberdade de imprensa, algo que poderia relaxar a tensão no terreno.

Enquanto o novo governo da Ucrânia pede o envio desses observadores, a Rússia já demonstrou seu ceticismo em relação à utilidade de uma missão na Crimeia.

Para um amplo mandato, com centenas de analistas, a OSCE necessita de uma decisão de consenso entre todos os estados membros, ou seja, também necessita do respaldo da Rússia e seus aliados mais próximos, como Belarus.

A OSCE, um organismo que tem suas origens na Guerra Fria, possui objetivo de prevenir conflitos e fomentar a democracia e o Estado de Direito.

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