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Ativista turco-alemão cria movimento #metwo após saída de Ozil da seleção

Com a saída de Ozil da seleção alemã, o jovem Ali Can decidiu criar a #metwo para que jovens de minorias étnicas compartilhem experiências nas redes sociais

Por que 'two'? Porque eu sou mais do que uma identidade, disse Ali Can (Wolfgang Rattay/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de julho de 2018 às 15h00.

Berlim - Centenas de alemães de origens de minorias étnicas compartilharam experiências em que sofreram discriminação nas redes sociais, após o jogador de futebol Mesut Ozil deixar a seleção nacional alegando ter enfrentado "racismo e desrespeito" em razão de suas raízes turcas.

Muitos viram as alegações de Ozil de racismo com ceticismo, levando centenas de outros a virem adiante com suas próprias experiências, tentando ressaltar um problema que pessoas de comunidades majoritárias raramente enfrentam.

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Em uma mudança à hashtag #MeToo usada na campanha contra assédio sexual, #metwo se tornou o principal assunto do Twitter em Berlim nesta quinta-feira à medida que centenas de imigrantes de segunda geração compartilharam experiências de discriminação que enfrentaram no cotidiano por conta de sua etnicidade.

"Por que 'two'? Porque eu sou mais do que uma identidade", disse Ali Can, um escritor e ativista turco-alemão, em um vídeo publicado no Facebook que lançou a campanha.

"Eu não achei que seriam tantos", disse Can, de 24 anos, à Reuters, após os posts do #metwoo explodirem no Twitter da Alemanha, acrescentando que foi necessário um grande evento como a saída de Ozil da seleção para acender um urgente debate sobre integração na Alemanha. "É uma oportunidade para falar sobre integração e o que realmente significa ser alemão", acrescentou.

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