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Ataques na província síria de Idlib fazem 19 mortos, incluindo crianças

Uma trégua foi anunciada no final de agosto por Moscou para a província

Idlib: província é dominada pelos jihadistas do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), antiga facção síria da Al-Qaeda. (Osman Orsal/Reuters)
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AFP

Publicado em 7 de dezembro de 2019 às 12h55.

Pelo menos 19 civis, incluindo oito crianças, foram mortos neste sábado (7) em ataques aéreos conduzidos pelo regime e por seu aliado russo na província síria de Idlib, controlada por jihadistas, informou uma ONG.

Uma trégua foi anunciada no final de agosto por Moscou para a província de Idlib, no noroeste do país em guerra, mas o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) continua a relatar combates esporádicos e bombardeios que mataram dezenas de pessoas.

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Neste sábado, nove civis, incluindo três crianças, foram mortos nos ataques russos no vilarejo de Baliun, no sul de Idlib, segundo o Observatório.

Além disso, quatro civis, incluindo uma criança, foram mortos em ataques russos no vilarejo vizinho de Al-Bara, segundo a mesma fonte.

Em meio a uma paisagem de ruínas de concreto e prédios parcialmente destruídos, um correspondente da AFP viu socorristas das equipes dos capacetes brancos retirando o corpo de uma vítima em Al-Bara.

Entre as vítimas há cinco outros civis, incluindo três crianças, que morreram em ataques aéreos do regime sírio em um vilarejo do sul de Idlib, informou o OSDH, acrescentando que outra criança foi morta em um ataque do regime em outra vila do sudeste da província.

O OSDH, que possui uma extensa rede de fontes na Síria, determina os autores dos ataques com base no tipo de aeronave utilizada, no local do ataque, nos planos de voo e nas munições utilizadas.

A província de Idlib é dominada pelos jihadistas do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), antiga facção síria da Al-Qaeda. Esta região e áreas adjacentes das províncias de Alepo, Hama e Latakia ainda escapam em grande parte ao controle do regime de Bashar al-Assad.

Essas zonas também abrigam vários outros pequenos grupos jihadistas e de rebeldes enfraquecidos.

Entre o final de abril e o final de agosto, a região foi bombardeada sem interrupção pelo exército sírio, apoiado pela força aérea russa. Quase mil civis morreram durante esse período, segundo o OSDH, enquanto mais de 400.000 pessoas foram deslocadas, de acordo com a ONU.

Apesar da trégua anunciada no final de agosto, o OSDH relatou bombardeios esporádicos que mataram mais de 200 civis.

Em outubro, Bashar al-Assad fez sua primeira visita à província desde o início da guerra em 2011, alegando que a batalha de Idlib era a chave para o fim da guerra.

Desde 2011, o conflito sírio matou mais de 370.000 vidas e fez milhões de deslocados e refugiados.

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