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Ataque na Flórida ressuscita debate sobre porte de armas nos EUA

Com a votação da próxima semana, o ataque na competição de games, que deixou dois mortos, deve atingir a campanha de candidatos na Flórida

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Armas: o ataque do último domingo deixou 2 mortos e 11 feridos (Conor Ralph/Reuters)

Armas: o ataque do último domingo deixou 2 mortos e 11 feridos (Conor Ralph/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de agosto de 2018 às, 16h40.

O assassinato de dois competidores em um torneio de videogame na Flórida no domingo ressuscitou o já antigo e candente debate sobre o porte de armas no Estado norte-americano às vésperas de eleições estaduais e federais primárias altamente disputadas.

Como os eleitores da Flórida escolherão seus candidatos a governador e ao Congresso na terça-feira, alguns postulantes democratas disseram que o massacre de domingo em Jacksonville foi mais um indício da necessidade de uma legislação de armas mais rígida, enquanto outros cancelaram eventos de campanha.

O episódio de violência, que também deixou 11 feridos, foi o mais recente de uma série de ataques a tiros de grande repercussão no Estado na esteira do massacre de 17 alunos e educadores em uma escola secundária em fevereiro e do assassinato de 49 pessoas em um clube noturno de Orlando em 2016.

O escritório do xerife de Jacksonville identificou o suposto atirador como David Katz, de 24 anos, de Baltimore. Testemunhas disseram que ele ficou revoltado por ter perdido a competição.

"Nós, como sociedade, precisamos nos unir e dizer 'chega disso'", afirmou o senador democrata Bill Nelson aos repórteres em Jacksonville perto do local do ataque, realizado durante o torneio de futebol norte-americano online Madden 19.

A campanha de reeleição de Nelson enfrenta o governador republicano da Flórida, Rick Scott, em uma das principais corridas que determinarão em novembro o equilíbrio de poder no Senado.

O direito às armas, garantido pela Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos, é um dos temas mais polarizadores da política norte-americana. O debate divide os dois partidos, já que normalmente os republicanos argumentam que a aplicação mais eficaz das leis de porte já existentes é a melhor maneira de impedir massacres, enquanto os democratas pedem que a posse de armas seja mais restrita.

Dada a divisão partidária, o ataque pode não mudar os resultados das primárias de terça-feira, nas quais os eleitores escolherão candidatos de seus próprios partidos.

O comissário estadual de Agricultura, Adam Putnam, um dos republicanos que disputam a vaga de Scott, cancelou um evento de campanha em Jacksonville. Favorita nas pesquisas, a democrata Gwen Graham instou Putnam e seu correligionário rival, o deputado Ron DeSantis, a reagirem com políticas mais vigorosas.

A mídia local identificou os mortos como Taylor Robertson, de 27 anos, de Woodland Hills, na Califórnia, e Eli Clayton, de 22 anos, de Ballard, na Virgínia Ocidental.

Robertson, que era pai e marido, venceu o torneio no ano passado e Katz no ano anterior, disse a EA Sports, unidade da Electronic Arts que patrocinou o torneio.

As autoridades não revelaram como Katz obteve a arma que usou no ataque.

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