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Ataque aéreo do Quênia mata ao menos 60 radicais islâmicos na Somália

Mais de 50 ficaram feridos; exército queniano não sofreu baixas

Somália vive caos desde 1991 (Abdurashid Abdulle/AFP)

Somália vive caos desde 1991 (Abdurashid Abdulle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2012 às 10h55.

Nairóbi - Pelo menos 60 membros da milícia radical islâmica Al Shabab morreram nesta sexta-feira em um ataque aéreo das Forças Armadas do Quênia no sul da Somália, anunciou neste sábado à imprensa o coronel queniano Cyrus Oguna.

Os bombardeios ocorreram em Garbahare, região de Gedo. Segundo o coronel, o Al Shabab perdeu 60 ou mais combatentes, e mais de 50 ficaram feridos. 'Continuaremos combatendo-os (os radicais islâmicos)', acrescentou o coronel, citado pelo site do jornal queniano 'Daily Star'.

O porta-voz do Exército queniano, comandante Emmanuel Chirchir, indicou em sua conta no microblog Twitter que o ataque não resultou em baixas para as forças de seu país.

Segundo Chirchir, o objetivo das tropas quenianas é tomar o controle da cidade litorânea de Kismayo, cujo porto é atualmente dominado pelo Al Shabab e representa uma importante fonte de renda para a milícia.

Este tipo de ataque vem se repetindo nas últimas semanas no sul da Somália, mas em geral não há uma checagem independente do número de vítimas nos dois lados, que tendem a negar a versão do adversário.


As tropas quenianas invadiram a Somália em 15 de outubro passado, dois dias após o sequestro de duas ativistas espanholas da ONG Médicos Sem Fronteiras no campo de refugiados fronteiriço de Daabad (nordeste do Quênia).

Os militares quenianos culpam o Al Shabab - grupo ligado à rede terrorista Al Qaeda - pelo sequestro, além de outros ocorridos em seu território, enquanto a organização radical ameaçou cometer novos atentados no Quênia.

A milícia, que controla amplas áreas do sul e centro da Somália, combate desde 2006 o Governo Federal de Transição somali e as tropas da Missão da União Africana na Somália (Amisom) com o objetivo de instaurar um Estado muçulmano conservador no país.

A Somália vive em estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado do poder, o que deixou o país sem governo efetivo e à mercê de milícias islâmicas, senhores da guerra tribais e grupos armados diversos. EFE

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