Ataque aéreo deixa 44 mortos na Síria
As bombas da força aérea destruíram dois edifícios residenciais e uma mesquita
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2012 às 12h31.
Maaret Al-Numan - Pelo menos 44 pessoas morreram em ataques aéreos da aviação síria na cidade rebelde de Maaret al-Numan nesta quinta-feira, informaram equipes de resgate no local.
"Recuperamos 44 corpos dos destroços", afirmou um resgatista.
Ele afirmou que as bombas da força aérea destruíram dois edifícios residenciais e uma mesquita, onde muitas mulheres e crianças se refugiavam.
Em um hospital de campanha improvisado, um jornalista da AFP viu 12 corpos enrolados em lençóis brancos, e sacos plásticos com a indicação "partes de corpos".
"Até o momento parece que apenas três pessoas sobreviveram ao ataque, incluindo uma criança de dois anos", informou o médico Jaffar Sharhoub. "Ele sobreviveu nos braços de seu pai, que morreu".
Um morador que falou à AFP sob anonimato disse que muitos dos mortos retornaram há pouco tempo de Kafr Nabal, uma cidade a oeste de Maaret al-Numan. "Eles pensaram que o perigo havia passado".
Muitas aeronaves de combate sobrevoaram Maaret al-Numan e as áreas próximas na manhã desta quinta-feira.
Elas realizaram manobras para lançar ao menos 10 bombas na cidade e em seus arredores no leste, perto da base militar de Wadi Deif, sob o cerco dos rebeldes.
Localizada estrategicamente na estrada que liga Damasco e Aleppo, Maaret al-Numan foi tomada pelos rebeldes na última semana.
Também nesta quinta-feira, um terrorista suicida em uma motocicleta detonou os explosivos que carregava perto do ministério do Interior, na capital do país, sem deixar nenhuma vítima, informou uma fonte de segurança à AFP.
Ele detonou seus explosivos no bairro de Kfar Soussa, a 300 metros do ministério. A região é sede de diversos ramos dos serviços de segurança, acrescentou a fonte.
Explosões a bomba estão se tornando quase diárias no conflito que atinge a Síria desde março de 2011, quando teve início uma revolta popular para derrubar o presidente Bashar al-Assad.