Assange pede que países se esforcem para dar asilo a Snowden
O fundador do Wikileaks diz que é preciso 'intensificar' os esforços para dar asilo ao ex-agente da NSA. Assange ainda pediu EUA deixe de espionar o mundo
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2013 às 19h24.
Londres - O fundador do Wikileaks, Julian Assange, considerou neste sábado que é preciso 'intensificar' os esforços para dar asilo político ao ex-agente da NSA Edward Snowden, responsável pelo vazamento de informação sobre os programas dos EUA de vigilância da Internet, e pediu ao país que 'deixe de espionar o mundo'.
O australiano, de 41 anos, fez esta chamada em um discurso divulgado pelo Wikileaks depois que o portal anunciou no Twitter que adiaria, por motivos de 'segurança', um comparecimento de Assange previsto para hoje às 10h (horário de Brasília) desde a sacada da embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há um ano.
O jornalista pensava em falar para seus simpatizantes desde a embaixada equatoriana após completar, em 19 de junho, o primeiro aniversário asilado no edifício, a fim de evitar sua entrega para Suécia, que quer lhe interrogar por delitos sexuais.
O Wikileaks informou o ato no Twitter, mas cancelou por conta 'da segurança'.
Em seu discurso, o ativista afirma que a acusação apresentada pelos EUA contra Snowden - por divulgar a existência de programas de espionagem secretos - 'é destinada a intimidar qualquer país que possa considerar defender seus direitos'.
Segundo ele, 'é preciso intensificar os esforços para dar asilo' ao ex-agente da NSA, que se encontra agora supostamente escondido em Hong Kong, acusado de espionagem e roubo de propriedade do Governo americano.
'Que país valente defenderá Snowden e reconhecerá seu serviço para o mundo? Digo isso porque nossos Governos têm que dar um passo adiante', comentou Assange, que acredita que se for entregue para Suécia, eventualmente será extraditado aos EUA, o país mais afetado pelas revelações do Wikileaks.
No texto, Assange lembrou também do caso do soldado Bradley Manning, que da mesma forma que Snowden é acusado de filtrar informação dos EUA.
'Nos últimos dias, foi utilizada a palavra 'traidor', mas quem é realmente o traidor aqui? Quem prometeu uma geração de 'esperança' e 'mudança' só para trair essas promessas?', perguntou o ativista em mensagem ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Tanto Snowden como Manning 'são pessoas jovens e tecnicamente preparadas da geração traída por Obama. São a geração que cresceu com a internet (...)', indicou.
Segundo o fundador do Wikileaks, 'o Governo dos EUA sempre vai necessitar de analistas em seus serviços de inteligência e administradores de sistemas e vão ter de contratar gente desta geração Y'.
Com as acusações de espionagem contra, 'os EUA estão enfrentando uma geração, e essa é uma batalha que vai perder', opinou Assange, que disse que 'esse fenômeno não vai desaparecer'.
O australiano recomendou que os EUA adotem uma série de medidas 'para solucionar as coisas', entre elas 'mudar as políticas, deixar de espionar o mundo, erradicar as leis secretas, cessar os centros de detenção indefinida sem julgamento, frear os assassinatos das pessoas, deixar de invadir outros países, abandonar as ocupações e interromper as guerras secretas'.
Assange, detido em Londres em 2010, buscou refúgio após esgotar todos os recursos legais para impedir sua entrega para Suécia, pois acredita que é vítima de uma perseguição política orquestrada pelos EUA. EFE
Londres - O fundador do Wikileaks, Julian Assange, considerou neste sábado que é preciso 'intensificar' os esforços para dar asilo político ao ex-agente da NSA Edward Snowden, responsável pelo vazamento de informação sobre os programas dos EUA de vigilância da Internet, e pediu ao país que 'deixe de espionar o mundo'.
O australiano, de 41 anos, fez esta chamada em um discurso divulgado pelo Wikileaks depois que o portal anunciou no Twitter que adiaria, por motivos de 'segurança', um comparecimento de Assange previsto para hoje às 10h (horário de Brasília) desde a sacada da embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há um ano.
O jornalista pensava em falar para seus simpatizantes desde a embaixada equatoriana após completar, em 19 de junho, o primeiro aniversário asilado no edifício, a fim de evitar sua entrega para Suécia, que quer lhe interrogar por delitos sexuais.
O Wikileaks informou o ato no Twitter, mas cancelou por conta 'da segurança'.
Em seu discurso, o ativista afirma que a acusação apresentada pelos EUA contra Snowden - por divulgar a existência de programas de espionagem secretos - 'é destinada a intimidar qualquer país que possa considerar defender seus direitos'.
Segundo ele, 'é preciso intensificar os esforços para dar asilo' ao ex-agente da NSA, que se encontra agora supostamente escondido em Hong Kong, acusado de espionagem e roubo de propriedade do Governo americano.
'Que país valente defenderá Snowden e reconhecerá seu serviço para o mundo? Digo isso porque nossos Governos têm que dar um passo adiante', comentou Assange, que acredita que se for entregue para Suécia, eventualmente será extraditado aos EUA, o país mais afetado pelas revelações do Wikileaks.
No texto, Assange lembrou também do caso do soldado Bradley Manning, que da mesma forma que Snowden é acusado de filtrar informação dos EUA.
'Nos últimos dias, foi utilizada a palavra 'traidor', mas quem é realmente o traidor aqui? Quem prometeu uma geração de 'esperança' e 'mudança' só para trair essas promessas?', perguntou o ativista em mensagem ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Tanto Snowden como Manning 'são pessoas jovens e tecnicamente preparadas da geração traída por Obama. São a geração que cresceu com a internet (...)', indicou.
Segundo o fundador do Wikileaks, 'o Governo dos EUA sempre vai necessitar de analistas em seus serviços de inteligência e administradores de sistemas e vão ter de contratar gente desta geração Y'.
Com as acusações de espionagem contra, 'os EUA estão enfrentando uma geração, e essa é uma batalha que vai perder', opinou Assange, que disse que 'esse fenômeno não vai desaparecer'.
O australiano recomendou que os EUA adotem uma série de medidas 'para solucionar as coisas', entre elas 'mudar as políticas, deixar de espionar o mundo, erradicar as leis secretas, cessar os centros de detenção indefinida sem julgamento, frear os assassinatos das pessoas, deixar de invadir outros países, abandonar as ocupações e interromper as guerras secretas'.
Assange, detido em Londres em 2010, buscou refúgio após esgotar todos os recursos legais para impedir sua entrega para Suécia, pois acredita que é vítima de uma perseguição política orquestrada pelos EUA. EFE