Assad adverte que países que apoiam terrorismo pagarão caro
O presidente sírio, Bashar al-Assad, advertiu aos estados que apoiam o terrorismo que pagarão um preço alto por isso
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2014 às 09h24.
Damasco - O presidente sírio, Bashar al-Assad , advertiu nesta quarta-feira aos estados que apoiam o " terrorismo " que pagarão um preço alto por isso, em discurso após tomar posse para seu terceiro mandato de sete anos.
"Em breve, veremos países árabes, regionais e ocidentais, que apoiam o terrorismo, pagar um preço caro", disse Assad, sem definir os nomes dos Estados, embora já tenha acusado outras vezes o Catar, a Arábia Saudita e a Turquia, entre outros.
O líder, no poder desde 2000, pronunciou essas palavras ao tomar posse como presidente diante dos membros do parlamento no Palácio Presidencial.
Ele prometeu que na nova fase que se inicia a luta "antiterrorista" continuará: "Renovo meu apelo aos que foram enganados para usar as armas contra o Estado para que se rendam, porque não pararemos a luta contra o terrorismo até que restabeleçamos a segurança em todas as partes do país", disse.
Para o líder alauita, a Síria é alvo de uma agressão "que não tem como alvo nem as pessoas nem o governo, mas a pátria".
Assad anunciou que as autoridades iniciarão um diálogo nacional sobre o futuro, no qual não estarão convidados aqueles que "demonstraram não ser patriotas".
Nesse sentido, e dirigindo-se à oposição, apontou que seu governo dialogará "com as forças sírias que estão no exterior como se fossem representantes dos países a que são fiéis".
Assad foi o vencedor das eleições presidenciais de 4 de junho, nas quais obteve 88,7% dos votos.
Sobre sua vitória eleitoral, comentou que "os sírios venceram de todas as formas o medo e aos terroristas com o referendo (constitucional) e as eleições, e resistiram sob fogo e fizeram o inimigo fracassar".
"Olhamos para o futuro com maior confiança. - acrescentou - Acreditamos que o futuro será nosso e estará nas mãos dos sírios e de ninguém mais".
Para o presidente, com a votação, os cidadãos defenderam a pátria e rejeitaram a "fitna" (discórdia) e a divisão, assim como qualquer forma de terrorismo.
Por outro lado, comentou os últimos fatos na Faixa palestina de Gaza e opinou que "o que acontece na Terra Santa é um plano ocidental para aplicar a supressão e a tirania" na região.
Destacou que os eventos na Síria e a região estão diretamente relacionados com o que acontece na Palestina, e criticou a Liga Árabe pelo que considerou colaboração em manter o bloqueio israelense sobre Gaza.
Ao longo do discurso, que durou uma hora e meia, se mostrou relaxado e até brincou, além de anunciar quais serão as linhas mestras de sua política nos próximos anos, onde a reconstrução do país e a luta contra a corrupção estão entre as prioridades.